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segunda-feira, 4 de abril de 2022

ENTREVISTA COM MATHEUS OLIVA - GRUPO INTERMARÍTIMA - INTERVIEW WITH MATHEUS OLIVA - INTERMARÍTIMA

NO CONTEXTO DESTE SITE, BUSCANDO INFORMAÇÕES SOBRE NOVOS PROJETOS E INVESTIMENTOS QUE VENHAM AGREGAR PRODUTIVIDADE  A LOGÍSTICA PORTUÁRIA DA BAHIA, PARTICULARMENTE NO ESPELHO D'ÁGUA DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, DAMOS CONTINUIDADE A NOSSA SÈRIE DE ENTREVISTAS, NESSE MOMENTO COM SENHOR MATHEUS OLIVA, DIRETOR COMERCIAL DA INTERMARÍTIMA, OPERADOR LOGÍSTICO  E PORTUÁRIO.


JOSEMAR

ECONOMISTA - CORECON 2065



1-VIAJANTE SEM PORTO - O SENHOR PODE RELATAR O HISTÓRICO DA INTERMARÍTIMA, COMO  GRUPO EMPRESARIAL LIGADO A LOGÍSTICA PORTUÁRIA NO ESTADO DA BAHIA?


MATHEUS OLIVA – A INTERMARÍTIMA PORTOS & LOGÍSTICA S/A é uma empresa baiana com 35 anos de atividades. Fruto do mais genuíno empreendedorismo, buscamos suprir serviços com excelência em apoio as atividades de comércio exterior dos nossos clientes. Através das mais atuais e melhores práticas de gestão e contínuos investimentos em infraestrutura e tecnologia, exercemos nosso propósito de trazer competitividade a economia baiana.


2-V.S.P - A  INTERMARÍTIMA SE ESTRUTURA APENAS COMO OPERADOR PORTUÁRIO, OU TAMBÉM POSSUI CONCESSÕES NA RETROTERRA DO PORTO DE SALVADOR, ARATU OU MALHADO?


M.O – A INTERMARÍTIMA PORTOS & LOGÍSTICA S/A oferece soluções completas de logística e operações portuárias. Operamos no porto de Salvador dois terminais de carga para conteineres e carga geral. Recentemente arrendamos terminal portuário no Rio Grande do Norte, responsável por 100% das exportações de sal do Brasil. Nossas atividades vão muito além da operação portuária. Temos mais de 500.000m2 de área própria em Centros de Distribuição e extensa frota de caminhões e equipamentos.


3-V.S.P - QUAL  LEITURA QUE O SENHOR FAZ, COMO EMPRESÁRIO DA ÁREA PORTUÁRIA ACERCA DOS LEILÕES DE ARRENDAMENTOS DE PIERS DO PORTO DE ARATU E QUE RESULTADOS  PODEMOS ESPERAR EM RELAÇÃO A COMPETITIVIDADE LOGÍSTICA DO SETOR PARA A BAHIA?


M.O – Os leilões foram imprescindíveis para possibilitar o investimento nos terminais de granéis sólidos do Porto de Aratu. Esperamos que a Bahia se torne mais competitiva com os investimentos a serem realizados pelo arrendatário.


4-V.S.P - A INTERMARÍTIMA EM ALGUM MOMENTO TEVE INTERESSE ESTRATÉGICO EM PARTICIPAR DO CERTAME COMENTADO ANTERIORMENTE?


M.O – Disputamos o certame do ATU 18 para movimentação de granéis vegetais com ultimo lance de R$ 50 milhões no leilão, sagrou-se vencedora a maior proposta de R$ 52 milhões.


5- V.S.P - HOJE A BAHIA CONTA COM UM TERMINAL PORTUÁRIO ESPECIALIZADO EM GRANÉIS VEGETAIS, O PORTO COTEGIPE NA BAÍA DE ARATU, OPERANDO  TRIGO E MALTE NO SENTIDO IMPORTAÇÃO E SOJA NA EXPORTAÇÃO, QUE INCLUSIVE PASSA POR UM PROCESSO DE AMPLIAÇÃO COM A CONSTRUÇÃO DE MAIS UM BERÇO. O SENHOR VER PERSPECTIVA PARA MAIS UM OPERADOR DE GRANÉIS VEGETAIS NO MÉDIO PRAZO?


M.O – Sim, é necessário expandir nossa infraestrutura para dar competitividade à produção do Estado bem como garantir que os produtos sejam escoados para Bahia. Hoje temos parte da produção baiana sendo escoada por Santos e por Itaqui. 


6-V.S.P - A INTERMARÍTIMA ADQUIRIU O TERMINAL GRANELEIRO QUE FAZIA PARTE DO COMPLEXO DA EXTINTA USIBA, DEPOIS GERDAU OU APENAS TEM UMA CONCESSÃO DA ÁREA  ATUANDO COMO OPERADORA?


M.O – A Intermarítima adquiriu o Terminal Marítimo Gerdau. 


7-V.S.P - O SENHOR PODE ELENCAR OS GRANÉIS MOVIMENTADOS PELO TERMINAL GERDAU. SÃO CONTRATOS FIRMADOS, ESTABELECENDO UM PATAMAR DE MOVIMENTAÇÃO, OU OPERAÇÕES PONTUAIS?


M.O – O Terminal opera granéis sólidos com contratos de longo prazo e também cargas eventuais “spot”. 


8-V.S.P - QUAL O CALADO HOMOLOGADO  E  PRANCHA DIÁRIA DE MOVIMENTAÇÕES DOS GRANÉIS OPERADOS PLO TERMINAL?


M.O – 11,30m de profundidade e prancha atual de 6.000t/dia. Porém com os investimentos e melhorias que estamos realizando, elevaremos a profundidade para 13m e a prancha para 12.000t/dia.


9-V.S.P - O TERMINAL GERDAU - INTERMARÍTIMA SE POSICIONA COMO CONCORRENTE DO PORTO DE ARATU EM RELAÇÃO A MOVIMENTAÇÃO DE GRANÉIS SÓLIDOS?


M.O – Os usuários e clientes que demandam serviços portuários para movimentação de granéis sólidos terão mais e melhores opções entre a Aratu e TMG. Com essa salutar concorrência, ganha a economia como um todo.


10-V.S.P - POR SER ARATU UM TERMINAL PÚBLICO, SE POSSÍVEL PERGUNTO SE O SR. TEM CONHECIMENTO DAS CAUSAS QUE TEM LEVADO A SUB UTILIZAÇÃO DO BERÇO SUL DO TGS DESSE PORTO. E SE ESTE CENÁRIO BENEFICIA A INTERMARÍTIMA EM CAPTURAR ESSE ECESSO DE GRANÉIS, EM VIRTUDE DE ARATU TER UM TEMPO DE ESPERA RAZOÁVEL PARA ATRACAÇÃO?


M.O – Falta de investimentos necessários para manutenção e melhorias do TGS Sul levaram a essa subutilização. Com o arrendamento e os investimentos previstos no edital, esperamos que essa situação se reverta.


11-V.S.P - A INTERMARÍTIMA TEM ATUADO COMO OPERADORA NA EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO NO TUP - TERMINAL DE USO PRIVADO - ENSEADA, QUAIS AS PERSPECTIVAS DE NEGÓCIO EM RELAÇÃO A ESSA PARCERIA


M.O – Somente posso desejar que o TUP Enseada prospere em sua iniciativa de oferecer mais uma solução portuária na Bahia. 


12-V.S.P - A SENHOR PODE DETALHAR OS CAMINHOS  LOGÍSTICOS PERCORRIDO PELA COMMODITIES DAS JAZIDAS AO COSTADO DO NAVIO


M.O – N/A - Por razões contratuais não posso comentar assuntos Enseada.


13-V.S.P - QUAL A CADÊNCIA  DIÁRIA DE TONELADAS EMBARCADAS? 


M.O – N/A - Por razões contratuais não posso comentar assuntos Enseada.


14-V.S.P - AS OPERAÇÕES UNICAMENTE SÃO REALIZADAS COM GUINDASTES DE BORDO, 


M.O – N/A - Por razões contratuais não posso comentar assuntos Enseada.


15-V.S.P - FAZ PARTE DE UM CENÁRIO FUTURO À AQUISIÇÃO DE  SHIPLOADER , PARA ATENDER DEMANDAS CRESCENTES COM À EXPLORAÇÃO DE NOVAS JAZIDAS DE MINÉRIO DE FERRO E USUÁRIOS.


M.O – N/A - Por razões contratuais não posso comentar assuntos Enseada.


16- V.S.P - QUAL O CALADO MÁXIMO OPERACIONAL E COMPRIMENTO LIMITE DE NAVIOS QUE SÃO HOMOLOGADOS PARA OPERAREM  NO T.U.P ENSEADA?


M.O – N/A - Por razões contratuais não posso comentar assuntos Enseada.


17-V.S.P- O ENSEADA OBTEVE RECENTEMENTE AUTORIZAÇÃO PARA OPERAÇÕES DE TRANSBORDO ENTRE NAVIO - TRANSSHIPMENT -  A INTERMARÍTIMA  SERÁ SUJEITO ATIVO NESSE PROCESSO. JÁ EXISTE UM PLANO DE TRABALHO ESTABELECIDO E HÁ PREVISÃO PARA O EMBARQUE PILOTO? 


M.O – N/A - Por razões contratuais não posso comentar assuntos Enseada.


18-V.S.P - QUAL O TIPO DE CARGA OPERADA PELA INTERMARÍTIMA NO PORTO DE ILHÉUS?


M.O – Soja, cacau, minérios e carga geral.


19- V.S.P - COMO O SENHOR VER O PROJETO DO PORTO - SUL


M.O – Uma solução completa para atender as exportações da BAMIN.


20-V.S.P -EM 22 DE JUNHO DE 2012, REALIZAMOS NESTE BLOG ENTREVISTA COM O SENHOR ROBERTO OLIVA VICE PRESIDENTE EXECUTIVO DA INTERMARÍTIMA, NO DECORRER DESSE PERÍODO COMO O SENHOR COMPARA O CENÁRIO PORTUÁRIO DA BAHIA  DE ONTEM E NO MOMENTO, EVOLUÍMOS EM TERMOS DE COMPETITIVIDADE, ESTACIONAMOS OU REGREDIMOS.


M.O – Evoluímos na oferta de alternativas ao mercado vide os TUPs Gerdau e Enseada e a expansão do Tecon Salvador. Mas houve um retrocesso muito pernicioso à economia do Estado na questão ferroviária. 




segunda-feira, 4 de maio de 2015

ENTREVISTA COM LEILANE LOUREIRO - DIRETORA DA BAHIA MARINA


NORTEADO PELO POTENCIAL DA ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER NO LITORAL BAIANO, PRINCIPALMENTE EM RELAÇÃO A BAÍA DE TODOS OS SANTOS (BTS), COMO FATOR GERADOR DE EMPREGO, RENDA E SUSTENTABILIDADE, REALIZAMOS ESTA ENTREVISTA  COM LEILANE LOUREIRO, DIRETORA DA BAHIA MARINA, UMA DAS ESTRUTURAS NÁUTICAS MAIS CONCEITUADA DO BRASIL.


Breve relato da trajetória profissional de Leilane Vasconcellos Loureiro
  
Graduada em administração de empresas, mestre em administração pela UFBA, com defesa da tese sobre o desenvolvimento da atividade náutica na Bahia em 2005.

Aos 17 anos iniciou a atividade profissional como estagiária no Grupo Cidade, percorrendo todos os setores das empresas até 1995, quando passou  a exercer atividades de liderança.

Atualmente é diretora do grupo das empresas que atua nos segmentos náuticos (Bahia Marina), postos de gasolina e lojas de conveniência, além de incorporação e locação de imóveis.

Representou as empresas em eventos internacionais em Londres, Nova Iorque e Madri, La Rochelle (França).

A Bahia Marina é reconhecida como uma das melhores marinas do Brasil. Gera 1.200 empregos, possui 400 vagas em água e 200 em seco, além de pátio com 5.000 m2, dotado de modernos equipamentos, posto de abastecimento flutuante, estacionamento de veículos e o Marina Gourmet, centro gastronômico  composto por 07 restaurantes diferenciados. Possui uma gestão moderna e diferenciada.


FOTO DO BLOG: A MARINA, COM A BAÍA DE TODOS OS SANTOS AO FUNDO DA IMAGEM

1 - VIAJANTE SEM PORTO - COMO A SENHORA DEFINE O ATUAL CENÁRIO DO MERCADO NÁUTICO DE LAZER NA BAHIA?


LEILANE LOUREIRO Com um litoral tão extenso e maior baía do Brasil, o nosso estado tem um grande, mas ainda pouco explorado potencial náutico. Sua participação no mercado nacional ainda é pequena. A falta de infraestrutura é um dos principais fatores que dificultam o crescimento do mercado náutico na Bahia.



FOTO DO BLOG: A MARINA 

2- V.S.P - QUAIS OS PLANOS DE MODERNIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO PREVISTOS PARA A BAHIA MARINA A CURTO E MÉDIO PRAZO?


L.LTemos dois empreendimentos em fase de aprovação: um edifício comercial e um hotel com 74 quartos, áreas de apoio a atividades hoteleiras, auditório e um pequeno conjunto de lojas e salas.
Com a conclusão das obras de ampliação do quebra-mar teremos o acréscimo de mais 200 vagas em píeres flutuantes; novo posto de abastecimento e, também, um heliponto.




FOTO DO BLOG: ÁREA DE ALIMENTAÇÃO

3V.S.P - EXISTE PLANOS PARA  INSTALAÇAÕ DE FILIAIS DA BAHIA MARINA  EM OUTRAS ÁREAS DO LITORAL BAIANO?

L.L - Não


FOTO DO BLOG: ÁREA DE LOJAS E RESTAURANTES

4- V.S.P -  QUAL O ATUAL PERFIL OPERACIONAL DA BAHIA MARINA EM RELAÇÃO À QUANTIDADE DE VAGAS SECAS E MOLHADAS, PIERS E EQUIPAMENTOS DE MANUSEIO DE EMBARCAÇÕES, ETC.

L.L - A Bahia Marina tem 200 vagas secas e 400 molhadas em píeres flutuantes de alumínio, com controle de acesso, dotados de postes de iluminação, com tomadas de eletricidade. Pátio para docagem com 5.000 m², travel lift com capacidade para 40 ton, estação de rádio SSB e VHF, posto flutuante de abastecimento, edifício garagem com mais de 500 vagas para veículos, lojas de serviços náuticos, manutenção e venda de embarcações, vigilância 24 horas.



FOTO DO BLOG: LOJAS NÁUTICAS


5V.S.P -EM QUE PERCENTUAL AS ATIVIDADES NÃO LIGADAS DIRETAMENTE A NÁUTICA, À EXEMPLO DE RESTAURANTES E LOJAS, PARTICIPAM DA RECEITA TOTAL DA MARINA?


L.LEm torno de 30 a 40%.



FOTO DO BLOG: PÓRTICO SECUNDÁRIO PARA MOVIMENTAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

6 V.S.P - APESAR DO SURGIMENTO DE NOVAS MARINAS  E ESTRUTURAS NÁUTICAS NA BTS, CITANDO A SALVADOR MARINA NO LOBATO, A MARINA DA PENHA, QUE ESTAVA INATIVA, LOCALIZADA NO BAIRRO DA RIBEIRA E A MARINA CAIXA PREGO, NA ILHA DE ITAPARICA, OBSERVAMOS QUE ESTAS E AS DEMAIS SITUAM-SE NO LIMITE DA CAPACIDADE OPERACIONAL, PRINCIPALMENTE, EM RELAÇÃO À VAGAS SECAS. O QUE  SENHORA DIZ SOBRE ESTE CENÁRIO?

L.L - A carência de vagas para guarda de embarcações reflete diretamente no mercado, uma vez dificulta a venda de embarcações. Quem compra um barco, precisa ter local seguro para guardá-lo. O mercado náutico da Bahia é carente de infraestrutura.



FOTO DO BLOG: PÓRTICO PRINCIPAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

7-V.S.P - ESTE AUMENTO SENSÍVEL, NA QUANTIDADE DE EMBARCAÇÕES DE LAZER NAS ÁGUAS DA BAÍA DE TODOS SANTOS,. PODE SER CREDITADO A QUE FATO?

L.L - Na verdade, houve aumento, mas ainda pequeno em relação ao potencial da Baía de Todos os Santos. As pessoas estão começando a redescobrir o lazer náutico e já há uma desmistificação da ideia de que barco é lazer só para ricos. Hoje é possível adquirir uma embarcação com financiamento bancário em até 48 parcelas.



FOTO DO BLOG: PÓRTICO PRINCIPAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE EMBARCAÇÕES

8V.S.PO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA TEM DISPONIBILIZADO FINANCIAMENTOS A CUSTO ATRATIVO, ISENÇÕES FISCAIS OU PARCERIAS COM O SETOR PRIVADO, COM O INTUITO DE DIFUNDIR A ATIVIDADE DE LAZER NAÚTICO NO ESTADO? 


L.L -  Houve um incremento das linhas de financiamento, sim, porém, com a atual crise, sempre há restrições. Com relação às questões fiscais, os estados do Sul saíram na frente.


FOTO DO BLOG: PÓRTICO PRINCIPAL PARA MOVIMENTAÇÃO DE EMBARCAÇÕES


9V.S.P EM RELAÇÃO A PREFEITURA DE SALVADOR, EXISTE INICIATIVAS NESTE SENTIDO?

L.L - Não conheço.


FOTO DO BLOG: PÁTIO DE OPERAÇÕES

10V.S.P - NESTA MESMA LINHA, A BAHIA  É DETENTORA DE UMA SIGNIFICATIVA FROTA DE EMBARCAÇÕES DE LAZER NO BRASIL, EM CONTRAPONTO, NÃO TEM ESTALEIROS LOCALIZADOS EM SEU TERRITÓRIO; SIGNIFICANDO MILHÕES DE REAIS QUE SANGRAM DE NOSSA ECONOMIA, ALÉM DE PERDAS DE EMPREGOS E IMPOSTOS,  O QUE SENHORA PODE PROPOR EM TERMOS DE POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS, PARA SANAR ESTA REALIDADE?


L.L -  A Frota da Bahia representa cerca de 6% do mercado nacional, apesar de ter a maior costa do Brasil. Isso mostra o nosso potencial de crescimento. A implementação de políticas duradouras que revertam esse quadro e favoreça investimentos é fator importante.


FOTO DO BLOG: SOLAR DO UNHÃO, EDIFICAÇÃO HISTÓRICA E O BAIRRO DA VITÓRIA


11V.S.P - OBSERVAMOS QUE, DURANTE À ATUAÇÃO DO CENTRO NÁUTICO DA BAHIA (CENAB), O ESTADO CAPTOU INÚMEROS EVENTOS NÁUTICOS, A EXEMPLO DE REGATAS E RALLYS. PARALELO A ISTO, O CENAB EXECUTAVA PROGRAMAS DE INCLUSÃO DE JOVENS CARENTES, NO MUNDO NÁUTICO, EM ESCOLA DE VELA, ALÉM DE APRENDIZADO DE FAINAS NÁUTICAS. MAS TUDO ACABOU COM A EXTINÇÃO DESTE CENTRO, SEM NENHUM OUTRO PROGRAMA PARA SUBSTITUÍ-LO. QUAL O SUA OPINIÃO SOBRE ISTO?

L.L -  Acho esses programas de inclusão e capacitação muito importantes. A Bahia Marina, inclusive, realiza desde 2012 um Programa de Educação Ambiental com a comunidade do Solar do Unhão e várias iniciativas de sustentabilidade com o nosso público interno.


FOTO DO BLOG: SETOR DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS


12V.S.P - A BAHIA MARINA TEM ATUADO COMO PARCEIRA OU PATROCINADORA DE EVENTOS NÁUTICOS NO ESTADO?

L.L -  Nós apoiamos eventos como a regata Aratu/Maragogipe e somos idealizadores e parceiros do Yacht Clube da Bahia na realização do Rally Náutico da Bahia, já na sua sexta edição.


FOTO DO BLOG: MOLHE DE PROTEÇÃO PARA FUTURA AMPLIAÇÃO DA BACIA DOS ANCORADOUROS

13V.S.P - A BAHIA, EM SUA EXISTÊNCIA CIVILIZATÓRIA, FOI PROTAGONISTA DE UMA RICA CULTURA E HISTÓRIA  NAVAL, ONDE AS TROCAS COMERCIAIS E MOVIMENTAÇÕES DE PESSOAS, PRINCIPALMENTE, NO RECÔNCAVO BAIANO ERAM REALIZADAS POR MEIO DE SAVEIROS E SUAS VARIANTES. TIVEMOS TAMBÉM, A MAIS IMPORTANTE COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO DO BRASIL FUNDADA NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX, A COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO BAIANA, EXTINTA SEM O MENOR ZELO, EM RELAÇÃO A SUA MEMÓRIA DOCUMENTAL E FOTOGRÁFICA, MAS, DIANTE DE TUDO ISTO, AS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS E A PRÓPRIA SOCIEDADE NADA FEZ OU FAZ PARA PRESERVAR ESTE LEGADO. O QUE A SENHORA PODERIA COMENTAR SOBRE ESTE FATO?

L.L - Existem algumas iniciativas isoladas neste sentido. É o exemplo do livro Baía de Todos os Saveiros de Nilton Souza que faz um registro fotográfico desta embarcação secular e teve o apoio da Bahia Marina. A própria regata João das Botas, iniciativa do II Distrito Naval, se insere nesse contexto. O objetivo do evento é fortalecer a memória das embarcações a vela e a sua importância para a Bahia.



FOTO DO BLOG: ARBORIZAÇÃO DO MOLHE DE PROTEÇÃO DO ANCORADOURO


14- V.S.P COMO A SENHORA PERCEBE O ESTÁGIO DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E CULTURAL  DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS AO LONGO DO TEMPO? E QUAIS POLÍTICAS REFORÇADORAS PODEM SER REALIZADAS NESTE SENTIDO?

L.L -  O ideal é que se dê continuidade ao projeto do anel de contorno na Baía de Todos Santos, de forma que seja possível promover uma maior integração e desenvolvimento dos seus municípios. Quanto à questão ambiental, avançamos muito. Hoje há uma maior consciência de preservação e ações isoladas de empresas e ONGs nesse sentido. Na Bahia Marina, fazemos a nossa parte através de um programa permanente de educação ambiental voltado ao público interno e a comunidade do Solar do Unhão, além de diversas outras ações, inclusive de comunicação, com realização de campanhas pontuais na mídia, com a edição de jornais específicos voltados para a questão ambiental. Entre 2013 e 2014 circularam seis dessas publicações.



FOTO DO BLOG:  MARINA, COM BAIRRO DA VITÓRIA AO FUNDO, FOTOGRAFIA TIRADA NA EXPANSÃO DO MOLHE DE PROTEÇÃO


15- V.S.P - QUAL A IMPORTÂNCIA DAS EMBARCAÇÕES ESTRANGEIRAS DE PASSAGEM PELO NOSSO LITORAL, PRINCIPALMENTE, NO VERÃO, QUE APORTAM NA BAHIA MARINA,  EM RELAÇÃO AO DEMAIS USUÁRIOS?


L.L -  O turismo náutico é importante na divulgação do destino Bahia. Recebemos vários barcos estrangeiros e somos referência de marina no Brasil.



FOTO DO BLOG: VISTA DO BAIRRO DA VITÓRIA, FOTOGRAFIA TIRADA DO MOLHE DE PROTEÇÃO DA MARINA

16V.S.P - A SENHORA GOSTARIA DE ACRESCENTAR ALGO MAIS, EM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER NA BAHIA?


L.L -  Precisamos de um plano de desenvolvimento costeiro para incentivo de criação de infraestrutura náutica, além de política fiscal e maiores investimentos em segurança.


FOTO DO BLOG: LOJAS



FOTO DO BLOG: LOJAS


LINK DA BAHIA MARINA: http://www.bahiamarina.com.br/

FOTOS: DIREITOS RESERVADOS DO BLOG VIAJANTE SEM PORTO

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

ENTREVISTA SOBRE O MOMENTO POLÍTICO E ECONÔMICO DA BAHIA

ESTAMOS PUBLICANDO, UMA ENTREVISTA REALIZADA COM A REVISTA BAHIA NORTE, EDIÇÃO DE FEVEREIRO DE 2014, Nº 67. O ASSUNTO É ESCLARECEDOR EM RELAÇÃO AO MOMENTO POLÍTICO E ECONÔMICO DA BAHIA, ACREDITAMOS SER RELEVANTE SUA DIVULGAÇÃO. 



1- BAHIA NORTE – QUAL SUA LEITURA SOBRE O MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BAIANA E SUA CAPACIDADE PARA ATRAIR INVESTIMENTOS PRODUTIVOS?

JOSEMAR- Não vejo com otimismo o futuro da economia baiana. Apesar do governador da Bahia, Senhor Jaques Wagner, pertencer ao mesmo partido do ex- presidente Lula e da presidente Dilma, ficamos a ver navios, em relação a conquistar obras estruturantes para o Estado,  principalmente para o setor portuário. O grande exemplo é o Governador Eduardo Campos, que conquistou a Secretaria de Portos para seu grupo político, e  Suape, hoje, é um complexo portuário de ponta, enquanto os portos  da Bahia estagnaram, apesar de que, nosso PIB ser superior ao de Pernambuco. A Bahia perdeu competitividade, e com isto diminui sua capacidade de atrair investimentos produtivos, gerar renda e emprego.

2- B.N- RECENTEMENTE NOTICIOU-SE SOBRE RESISTÊNCIA DO GOVERNO DA BAHIA EM RELAÇÃO AO FORMATO DELINEADO PELO UNIÃO PARA CONCESSÕES DE NOVAS ÁREAS NO PORTO DE  SALVADOR, QUAL SUA VISÃO SOBRE O ASSUNTO?

JOSEMAR - Como foi dito anteriormente, a Bahia está estagnada como a sua estrutura portuária. O aditivo ao contrato do TECON , não resta dúvidas, permitiu a requalificação do porto da capital baiana, foi um fôlego, que deveria ter ocorrido há 10  anos atrás, pelo menos. . O momento realmente como defende o governo do estado é de aditar mais uma vez o TECON para assumir a nova área a ser construída, e não licitar um novo terminal, pois perderíamos escala, teríamos dois terminais de pequeno porte para a realidade atual. Se agíssemos com  maior impetuosidade política, no presente estaríamos com o de Salvador duplicado e discutindo um formato legal para um terminal de contêineres no porto de Aratu.

3- B.N- O PORTO DE  ARATU SE ENQUADRA NA MESMA REALIDADE?

JOSEMAR- Certamente. Aratu não foi alvo de ampliação em sua estrutura física faz mais de 2 décadas. O que tem de avaliar, nesse novo formato, é o respeito aos usuários de maior magnitude, a exemplo da BRASKEM e Caraíba Metais, pois realizaram intervenções requalificadoras nessa unidade portuária, ao longo do tempo, e isto tem que ser ponderado no momento das concessões. Um fato que demonstra a ausência de prestígio político da Bahia, é a inoperância de um dos berços de granéis sólidos de Aratu, praticamente a um ano, enquanto o governo Federal aplica mais de 700 milhões de dólares em um porto de Cuba.

3- B.N- O GOVERNADOR JAQUES WAGNER TEM APOSTADO NA LOGÍSTICA DO ESTADO EM DOIS INVESTIMENTOS, O PORTO SUL E A FERROVIA LESTE - OESTE.  SÃO PRIORITÁRIOS?

JOSEMAR- A máxima econômica "recursos escassos, para atenderem necessidades ilimitadas" deve ser trazida para o orçamento público. Nesse ângulo não elegeria essas duas obras como prioritárias, o Porto Sul e a Ferrovia Oeste leste,tem fundamentos políticos mais do que econômicos. A construção do segundo terminal de contêineres em Salvador, ampliação do Porto de Aratu e requalificação da ferrovia Juazeiro Salvador, são obras que deveriam ser implementadas num contexto de planejamento logístico para a Bahia, em virtude de não haver recursos para devaneios.

4- B.N- QUE CONTRAPONTO O SENHOR FAZ ENTRE OS PORTOS DE SUAPE EM PERNAMBUCO, PECÉM NO CEARÁ  E OS PORTOS PÚBLICOS DA BAHIA?

JOSEMAR - A Bahia não fez seu dever de casa quanto a brigar por recursos federias para aperfeiçoar seus portos,  tinha a faca e o queijo nas mãos, tinha a dianteira política por seu Governador pertencer ao mesmo partido do governo da União, mas com tudo isto a seu favor perdeu o momento para Pernambuco e  Eduardo Campos. SUAPE é o futuro, nossos portos públicos ainda patinam no passado. Com a saída de Eduardo Campos e seu partido da base aliada do governo federal, não entendo por que só agora o Governador despertou para a questão dos portos.

5- NO "VIAJANTE SEM PORTO" PERCEBE-SE SEU POSICIONAMENTO CONTRÁRIO A OBRA DA PONTE SALVADOR ITAPARICA, ISTO PROCEDE?

JOSEMAR- Sim, a Bahia é um estado com diversas carências em infra estrutura e demandas sociais, como então admitir, em sã consciência, a intenção de  construir uma ponte que a preços de hoje atingiria R$12 bilhões, isto agora, porque sabemos o que acontece em algumas obras públicas neste país. Em contra partida não temos metrô em operação, o sistema Ferry Boat carece de investimentos e fiscalização, a nossa rede de estradas tem que ser ampliada e melhor mantida. Pasmem, das 4 cabines do elevador Lacerda só duas funcionam, a Estação da Lapa está no mais completo abandono, três dos planos inclinados que ligam a cidade baixa à cidade alta não funcionam, faz tempo. Se a capital está neste estado, imaginem os outros municípios. Esse projeto falacioso é uma acinte a inteligência do povo baiano.

6- O SENHOR TEM DEFENDIDO EM SEU BLOG, QUE HOUVE UMA CONSPIRAÇÃO POLÍTICA CONTRA OS INTERESSES DA BAHIA. QUAIS OS FUNDAMENTOS?

JOSEMAR - As respostas anteriores dizem um pouco dessa lenda, que acredito ter princípios de verdade. Conta-se que o Estado da Bahia nos ido do Senador Antônio Carlos Magalhães, desenvolveu-se de forma estruturante e multiplicadora o seu perfil econômico, retirando a Bahia de um provincianismo lastreado na agro indústria, para uma economia com um forte setor secundário. O complexo petroquímico de Camaçari e Caraíbas Metais são importantes exemplos desse momento, onde ACM, utilizava o tripé, força política, planejamento e incentivo fiscal, para suplantar as vantagens comparativas em relação a estados  mais desenvolvidos.O momento épico, foi quando ACM sozinho politicamente, enfrentou forças descomunais, conseguindo trazer a montadora FORD para nosso Estado em detrimento do Rio Grande do Sul. Este episódio foi o cerne da questão conspiratória, que culminou na perda das eleições pelo PT no governo gaúcho. Este partido ficou com uma espinha atravessada na garganta, e logo que o Petista Jaques Wagner assumiu o governo baiano foi dado a senha, pela cúpula petista, para que a Bahia ficasse na geladeira, pois tinha conseguido muito na era de ACM, e agora será a vez dos demais. Suape, Pecém, a FIAT em Pernambuco, a fábrica de polímero verde da Braskem, são elementos que fundamentam a teoria conspiratória. Percebam também, o vazio em termos de ministérios, tantos em número como em importância, em detrimento da representatividade política e econômica do estado no cenário nacional. O PT nacional foi e está sendo injusto com os votos recebidos de uma parcela da sociedade baiana que acreditou no seu projeto político.

7- EM RELAÇÃO AO FOMENTO DA ATIVIDADE NÁUTICA DE LASER COMO FONTE GERADORA DE RIQUEZA, OUTRO TEMA TRATADO NO BLOG,  COMO O GOVERNO BAIANO VEM TRATANDO ESTA ÁREA?

JOSEMAR- Com pouca ou quase nenhum atenção ou prioridade. Apesar da redundância, lembramos das espetaculares condições que a Bahia apresenta para o desenvolvimento da atividade náutica de laser, a exemplo do clima e navegabilidade do seu litoral, especialmente a nossa Baía  de Todos os Santos, aliados a uma rica cultura náutica, fazem do nosso estado um local como poucos no globo para levar avante este setor. Isso significaria mais emprego e renda para nossa população, advindos da exploração de marinas, estaleiros, empresas de charter, etc, Entretanto, parece que, o governo não tem um plano diretor para o desenvolvimento do setor, ou pessoal preparado para tocar de forma eficiente os recursos  públicos disponíveis, apresentando um ambiente econômico estável, onde os empresários sintam segurança em investir. Perdemos todos as regatas internacionais que tínhamos captado, perdemos também os estaleiros de embarcações de laser aqui instalados, apesar de sermos talvez o quarto mercado náutico do país; não temos nenhum programa de formação de mão de obra para o setor, em suma mais uma vez a Bahia perde o bonde das vantagens comparativas. Com toda as nossas vantagens, recebemos menos turistas que o balneário de Cancun, no México.

8- A BAHIA FOI UMA MARCA DE REFERÊNCIA POSITIVA NO SETOR TURÍSTICO DO PAÍS ,  CONTINUAMOS NESTE CAMINHO?

JOSEMAR- Não, recentemente saiu uma pesquisa constatando que o setor hoteleiro baiano teve o pior desempenho dos últimos 10 anos. Ocupação hoteleira é o maior termômetro para verificar como anda o turismo em um local qualquer, por si só esta notícia fala por tudo. As causas, acredito, tem a ver com o próprio cenário que envolve o estado,de perdas de posições relativas em diversos setores, por investimentos insuficientes ou mal aplicados. A violência crescente em Salvador e no resto do estado, que é veiculadas em diversos noticiários; o descaso com os valores culturais do nosso povo é outra vertente negativa para o setor.

9- ACONTECERAM EM VÁRIAS CIDADES MANIFESTAÇÕES POPULARES EM JUNHO PASSADO, HOJE COM MENOR ÍMPETO, OS GOVERNANTES APRESENTARAM  RESPOSTAS  PARA ESTES  CLAMORES DAS  RUAS?

JOSEMAR - Evidente que não. Apenas distrações, para desviar o cerne dos verdadeiros e profundos problemas que assolam o país. Maior taxa de juros do planeta, carga tributária equivalente aos países de primeiro mundo com serviços públicos acintosos e deficitários, violência sem paralelo, com índices de homicídios superiores a alguns teatros de guerra, corrupção que vampiriza a dignidade do cidadão, impunidade, por ai vai. Pergunto o que foi realizado pelo governo para sanar esse cenário e dar uma resposta honesta a sociedade? Mais médicos, estádios de futebol, copa do mundo, assistencialismo, criação de ministérios e secretarias de estado, promessa de reforma política inócua. Foram estes narcóticos a contra partida oferecida.

10- COMO O SENHOR OBSERVA O MOMENTO POLÍTICO NA BAHIA?

JOSEMAR- O senhor Jaques Wagner, líder do partido dos trabalhadores na Bahia, tem um cenário de dificuldades pela frente, em virtude das intenções mútuas de candidaturas a governador no seio da sigla. Isto é um dilema que ele terá que enfrentar. Além dessa dificuldade, o governo petista não conseguiu diluir os desgastes com as greves dos professores e policiais no estado, pelo contrário, agravou a antipatia quando concedeu o reajuste geral dos servidores neste ano, que não foi um processo pacífico, onde a categoria acusou os sindicatos de passividade diante do governo, Agora vem pela frente o pagamento da URV. Comenta-se nos bastidores que se Wagner não promover um acordo em relação esse passivo de forma imediata será um suicídio político. A perda para ACM Neto na eleição da prefeitura da capital e na segunda cidade da Bahia, também foi um golpe no emocional dos petistas. Em suma o horizonte para o PT e a base política que o apóia, não sinaliza um mar de almirante no pleito de 2014.

11- O SENHOR ESTÁ FILIADO OU NUTRE SIMPATIA POR DOGMA DE ALGUM PARTIDO POLÍTICO?

JOSEMAR- Sim, filiei-me ao Partido Verde. Por afinidade de princípios e pela vanguarda política. O verde sempre ousou em seus ideais de desenvolvimento sustentável e justiça social.


LINK DA REVISTA BAHIA NORTE - http://revistabahianorte.com.br/

sexta-feira, 22 de junho de 2012

ENTREVISTA COM ROBERTO OLIVA - VICE PRESIDENTE EXECUTIVO DA INTERMARÍTIMA - SOBRE OS PORTOS PÚBLICOS DA BAHIA - SALVADOR - ARATU - MALHADO


O BLOG VIAJANTE SEM PORTO REALIZA MAIS UMA ENTREVISTA COM UM IMPORTANTE EXECUTIVO DA ÁREA DE LOGÍSTICA PORTUÁRIA NA BAHIA, ROBERTO ZITELMANN DE OLIVA - VICE PRESIDENTE EXECUTIVO DA INTERMARÍTIMA, CUJO CONTEÚDO CONTRIBUIRÁ PARA FUTURAS DECISÕES EM RELAÇÃO AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DOS PORTOS PÚBLICOS E TERMINAIS PRIVATIVOS NO ESTADO DA BAHIA.

JOSEMAR

ECONOMISTA - CPRECON 2065


                                          Roberto Zitelmann de Oliva

                 Av. Oscar Pontes, s/n - Área Secundária do Porto de Salvador

                                                     Salvador/BA
                                   e-mail: roliva@intermaritima.com.br
                               http://www.intermaritima.com.br/index.asp
                                                Tel: (71) 2202-5500


DADOS PESSOAIS:

  • Data de Nascimento: 22 de agosto de 1954
  • Naturalidade: Salvador-Ba

FORMAÇÃO ACADÊMICA

  • High School Monte Vista – California/ EUA. 1971
  • Engenharia Civil – UFBA. 1978
  • Master MBA – Business Administration – Amana/SP. 1994



HISTÓRICO PROFISSIONAL


  • 1979 – 1986 Empreende Empreendimentos e Construções S/A
  • Estagiário
  • Engenheiro de Produção
  • Diretor Superintendente


  • A partir de 1986 – Associação Comercial da Bahia
  • Diretor de Comércio Exterior do Conselho diretor


  • A partir de 1986 – Marítima de Agenciamentos e Representações Ltda
  • Diretor Presidente


  • A partir de 1993 – Intermarítima Terminais Ltda
  • Diretor Presidente


  • 1995 - Sindicato de Operadores Portuários de Salvador e Aratu – SINDOPSA
  • Fundador e Primeiro Presidente


  • 1996 – Orgão Gestor  de Mão de Obra  do Trabalho Portuário dos Portos de Salvador e Aratu – OGMOSA
  • Fundador e Primeiro Presidente


  • 1996 –1999 Federação Nacional dos Operadores Portuários – FENOP
  • Vice Presidente


  • 1999- 2004 - Conselho de Autoridade Portuária de Salvador Aratu
  • Membro do Conselho


  • 2000 - 2004 - Conselho de Autoridade Portuária de Ilhéus

Membro do Conselho


  • A partir - 2000 – Associação Brasileira de Terminais Portuários – ABTP
  • Membro do Conselho Deliberativo


  • 2007 – Associação Comercial da Bahia
  • Membro do  Conselho Superior



Salvador,21 de junho de 2012

Roberto Zitelmann de Oliva




1) VIAJANTE SEM PORTO - SENHOR ROBERTO OLIVA, PODERIA RELATAR ALGUMA COISA SOBRE O SURGIMENTO E  EVOLUÇÃO EMPRESARIAL DA INTERMARÍTIMA NO CAMPO DA LOGÍSTICA PORTUÁRIA NO ESTADO DA BAHIA?


R. O. - De fato, a logística portuária foi o passo inicial que a Intermarítima assumiu neste ramo tendo em vista sua experiência no processo de carga e descarga de navios de todos os tipos de carga. Hoje, a empresa atua além da logística portuária, em toda a cadeia de suprimentos dos clientes tanto no sentido de exportação quanto no sentido de importação, realizando a logística de armazenamento, a logística de transporte e de distribuição. Uma verdadeira logística integrada.

Contudo, o caso mais emblemático que temos para relatar nesta historia é o desenvolvimento da cultura da soja no oeste da Bahia, principalmente em Luís Eduardo Magalhães, antigo Mimoso do Oeste.

Naquele tempo, a Intermarítima fazia o descarregamento de fertilizantes no porto de Aratu para duas empresas multinacionais que enviavam estes produtos principalmente para o oeste da Bahia. Diretores destas empresas, em visita a esta região, viram o grande potencial de produção de soja, já que exportavam o produto produzido em outras regiões  através de outros portos no Sul do Brasil. Consultaram-nos sobre a possibilidade de transportar a soja para ser embarcada em algum porto da Bahia.

Entramos em contato com a Codeba, começamos a exportar via porto de Ilhéus. A soja chegava por estrada do oeste da Bahia. Começamos com 20 mil toneladas e chegamos a 1 milhão de toneladas/ano, promovendo um desenvolvimento de oportunidades nesta região, ilimitado.

Deixamos de exportar via Ilhéus porque tornou-se inviável, e a Codeba não foi capaz de aceitar uma solução que atendesse o exportador em termos de custos e eficiência .

Chegou-se a aprovar um terminal no porto de Aratu, mas, forças ocultas não aceitaram esta exportação via porto público.

Hoje, a soja do oeste é exportada unicamente por terminal privado de trigo, cerca de 2,5 milhões de ton/ano.

Caso houvesse outro terminal, a produção agrícola do oeste estaria muito maior, considerando que o principal fator para viabilizar a exportação de produtos  primários  é a solução logística .

Neste momento, a Intermarítima está viabilizando a exportação de milho, que esperamos, tenha o mesmo sucesso da soja.

A Intermarítima também foi pioneira na viabilização da navegação de cabotagem no porto de Salvador quando operava containers. Os navios faziam a rota Manaus/Buenos Aires. O serviço não teve continuidade porque a empresa de navegação nacional acabou e vendeu os navios. Todavia, hoje existe serviço regular de cabotagem de forma crescente conforme iniciado por nossa empresa.


2) COMO SE OPERACIONALIZOU A PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DA INTERMARÍTIMA NO CAPITAL DO TECON, PORTO DE SALVADOR?


R.O - Através da compra de ações.


3) OS EQUIPAMENTOS, RETROTERRA E ARMAZÉNS DA INTERMARÍTIMA  SERÃO GERENCIADOS PELO TECON APÓS O "JOINT VENTURE"?

R.O - Não. Não existe “joint-venture”. O Tecon Salvador e a Intermarítima são duas empresas independentes. Nosso objetivo é atrair cargas para o porto de Salvador através de eficiência e custo compatível, apoiando assim o maior desenvolvimento da Bahia a partir de uma maior sinergia nas operações portuárias em Salvador.


4) ONDE SE CONFIGURA A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE A INTERMARÍTIMA E O TECON NAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS NO PORTO DE SALVADOR?

R.OA principal diferença está no tipo de carga nas operações de carregamento e descarregamento de navios, o Tecon opera cargas em containers e a Intermaritima opera carga especiais de projetos, granéis sólidos e líquidos e  carga geral.


5) HÁ ALGUM TEMPO ATRÁS A INTERMARÍTIMA OPERAVA NAVIOS DE CONTÊINERES NA PONTA NORTE COM GUINDASTES DE BORDO, O QUE SERIA UMA SEGUNDA OPÇÃO PARA OS USUÁRIOS, MESMO COM O TECON JÁ ATUANDO EFETIVAMENTE EM SALVADOR. O QUE FEZ ESSAS OPERAÇÕES NÃO IREM AVANTE?

R.O - O que fez as operações de containers com guindastes de bordo não irem avante foi, em primeiro lugar os tipos de navios que ora atuam no porto de Salvador, bem mais modernos e maiores, não possuindo guindastes de bordo. Em segundo lugar, a rapidez que hoje as empresas de navegação exigem nas operações, demandando equipamentos muito modernos e caríssimos além de espaço físico. Hoje, a operação de containers é uma operação de alto capital intensivo face aos equipamentos requeridos para atender a rapidez necessária na atividade.


6) PROCEDE A INFORMAÇÃO QUE A INTERMARÍTIMA TEM PLANOS JUNTO A CODEBA, PARA MODERNIZAR E AMPLIAR AS OPERAÇÕES COM GRANÉIS AGRÍCOLAS NO PORTO DE SALVADOR, PRINCIPALMENTE TRIGO?

R.O - A Intermaritima juntamente com o usuário do porto têm planos para modernizar a descarga de trigo, tendo em vista a proximidade do moinho e do porto, evitando os desperdícios e aumentando a rapidez no desembarque do trigo, além de prover a entrega do produto via dutos e não por caminhão como agora acontece.


7) NÃO TEMOS OBSERVADO EMBARQUE DE GRANITO, EM FORMA DE CARGA GERAL, NO PORTO DE SALVADOR. OS EXPORTADORES DEMANDARAM PARA O PORTO DE VITÓRIA OU ESSAS OPERAÇÕES ESTÃO SENDO REALIZADA POR CONTÊINERES?

R.O - Inicialmente a principal causa foi a concorrência do porto de Vitória que, por apresentar mais oferta de navios, tinha um frete mais em conta além de maiores opções de datas de embarque. Isto porque nosso porto de Salvador não se modernizou no sentido de ampliação e mais oferta de serviços, fazendo com que muitos navios não escalassem Salvador.

Em segundo lugar, já está se exportando muito granito através de containers, ou seja, é uma tendência mundial a carga ser movimentada através containers.


8) O SENHOR PODE FALAR ALGUMA COISA SOBRE O PERFIL DAS OPERAÇÕES DE CARGA DE PROJETO, QUE NOS ÚLTIMOS ANOS TEM CRESCIDO BASTANTE? 


R.O - Ultimamente o perfil das cargas de projeto é muito diversificado  em função do grande fluxo de investimento no país e também a maior abertura da economia para o exterior, o que faz as empresas buscarem o que há de mais moderno para seus projetos de implantação além de procurarem a modernização constantemente.


9)
NOTAMOS A TRANSFERÊNCIA DA PONTA SUL PARA O CAIS DE LIGAÇÃO DOS 2 PORTÊINERES PANAMAX, ALÉM DO MAIS ANTIGO PERTENCENTE A CODEBA. O SENHOR PODE INFORMAR SE É VIÁVEL A UTILIZAÇÃO DESSE ÚLTIMO PELO TECON?


R.O- Sobre a utilização do portainer que era da Codeba e o tipo de cargas e navios que serão operados  somente o Tecon Salvador poderá dizer da viabilidade do uso.


10) A TOTAL UTILIZAÇÃO PARA OPERAÇÕES COM CONTÊINERES DA PONTA NORTE, SUL E CAIS DE LIGAÇÃO DO PORTO DE SALVADOR, PODE PREJUDICAR A OPERAÇÃO DOS DEMAIS TIPOS DE CARGA?

R.O - Acredito que não, tendo em vista o projeto de ampliação da operação de containers, com construção de ampliação de cais, retro área ,etc. já em seguida  ao atual crescimento. Aliás, o aumento do fluxo de cargas é sempre um ótimo problema para resolver porque cria novas oportunidades de desenvolvimento e eficiência.


11) A CONSTRUÇÃO DO SEGUNDO TERMINAL DE CONTÊINERES NO PORTO DE SALVADOR TRARIA ALGUM IMPACTO NA ECONOMIA DO ESTADO?

R.O - A segunda ampliação da operação de containers em Salvador trará um impacto muito maior que a primeira ampliação ora em implantação . Isto porque a atual ampliação veio para atender uma demanda reprimida de muito tempo, ou seja, veio com muito atraso. A próxima ampliação que será feita de imediato não será feita com o objetivo de resolver problemas ou gargalos. Pelo contrário, criará uma nova oferta de serviços, desta vez com um impacto muito grande na economia de escala, tão importante neste tipo de atividade.


12) O SENHOR TEM DADOS ESTATÍSTICOS QUANTO AS PRINCIPAIS MERCADORIAS, TANTO NA EXPORTAÇÃO COMO NA IMPORTAÇÃO MOVIMENTADAS POR CONTÊINERES NO PORTO DE SALVADOR?

R.O - No sentido de importação: insumos básicos e produtos para indústria automotiva, pneumáticos, celulose e petroquímica representam 80% do movimento. No sentido de exportação o agronegócio em geral, resinas petroquímicas, pneus e partes e peças de automóveis representam também cerca de 80% do movimento total.


13) EM RELAÇÃO A CABOTAGEM, QUAL O PERCENTUAL NO TOTAL DE TEUS MOVIMENTADOS?

R.O - No momento é de 35%, porém, tem mostrado um crescimento constante. A tendência é aumentar muito mais não só por causa de um movimento em todo Brasil, mas, principalmente pelo início das operações do Tecon Salvador no Cais de Ligação já equipado para movimentar containers.


14) CELULOSE É UMA CARGA QUE PODE SER EMBARCADA POR CONTÊINERES?

R.O - Sim. A carga de celulose pode e deve ser embarcada por containers tendo em vista o cuidado que a carga deve ter para evitar agressões externas como poeira, ar salitroso, etc.

Por esta razão, o porto de Ilhéus tem uma vocação enorme para atrair a carga de celulose do sul da Bahia que hoje é exportado via Espírito Santo.

Como o Porto Sul será um porto oceânico com longo píer mar adentro e especializado em minérios, será inviável para exportação de celulose.


15) O SENHOR PODE, RESUMIDAMENTE, DESCREVER PARA NOSSOS VISITANTES QUAIS OS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NUM PÁTIO DE UM TERMINAL DE CONTÊINER? 


R.O - Basicamente os porteineres, que são os guindastes para carregamento e descarregamento dos navios, os RTGs, que são pontes rolantes móveis para formação de pilhas de contêineres no pátio e as reach stackers, que são grandes empilhadeiras que auxiliam na movimentação dos contêineres no pátio.


16) QUAL SERIA A CAUSA DA REDUÇÃO SIGNIFICATIVA   NAS OPERAÇÕES DE GRANÉIS SÓLIDOS PELO PORTO DE ARATU, NESSE PRIMEIRO TRIMESTRE?


R.O - A redução no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior é normal e histórica. Sempre nesta época existe uma menor movimentação principalmente pelas importações de fertilizantes. Contudo, a movimentação no primeiro trimestre deste ano caiu menos em relação aos demais trimestres que os anos anteriores.


17) A INTERMARÍTIMA COMO OPERADORA PORTUÁRIA REALIZOU INVESTIMENTOS EM COMPRAS DE EQUIPAMENTOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE GRANÉIS NO PORTO DE ARATU. PODE CITAR QUAIS SÃO ESSES EQUIPAMENTOS?

R.O - Sim,  a Intermaritima adquiriu um guindaste móvel portuário (MHC –  Mobile Harbour Crane) de última geração. Este guindaste é de tecnologia alemã da Liebherr e é fabricado na Áustria. O investimento visou a melhoria dos índices de produtividade das operações no porto de Aratu, tema recorrentemente apontado como um dos gargalos para os usuários do porto. O investimento provou-se acertado, pois nós conseguimos, desde o início das operações em 20 de dezembro do ano passado, aumentar a produtividade em mais de 200%. Para se ter uma ideia deste impacto, no ano passado neste mesmo período, o porto de Aratu já apresentava fila de 5 a 7 dias para atracação de navios. Neste ano, com a operação do guindaste, nós conseguimos eliminar a fila até agora. Juntamente com o guindaste investimos em pás carregadeiras, moegas, caçambas (grabs) e retroescavadeira. Foram investidos um total de doze milhões de reais nos últimos 12 meses.


18) ONDE FORAM ALOCADOS ESSES EQUIPAMENTOS?

R.O - No terminal de granéis sólidos do Porto de Aratu.


19) A CAPITANIA DOS PORTOS JÁ HOMOLOGOU A PROFUNDIDADE DO PORTO DE ARATU PARA 15 METROS?

R.O –Tramita  em Brasília em  fase final de homologação, através da SEP- Secretaria Especial de Portos e NPCP- Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos da Marinha do Brasil.


20) PUBLICAMOS MATÉRIA NO BLOG SOBRE A INTENÇÃO DE UMA EMPRESA EXPORTAR MINÉRIO DE FERRO DE MINAS LOCALIZADAS NO INTERIOR DA BAHIA VIA PORTO DE ARATU, UTILIZANDO A FERROVIA CENTRO ATLÂNTLICO, O SENHOR TEM CONHECIMENTO DESSE PROJETO?

R.O - Tenho conhecimento de muitas ideias, porém, o governo federal e a Ferrovia precisam resolver gargalos  existentes neste transporte. A própria Intermarítima faz parte de um projeto para movimentação de graneis sólidos no porto de Aratu inclusive minérios, tornando assim este porto permanentemente como operador deste tipo de cargas, podendo trabalhar para atrair cargas de outros portos e atuando em complemento ao Porto Sul.


21) O SENHOR PODE TECER COMENTÁRIOS SOBRE ALGUNS GRANÉIS QUE ERAM DESEMBARCADOS EM ARATU, HOJE SUMIRAM DA ESTATÍSTICA DO PORTO, A EXEMPLO DE ENXOFRE QUE ERA AMPLAMENTE UTILIZADO PELA MILLENIUM, ANTIGA TIBRÁS.CITAMOS TAMBÉM MANGANÊS, QUE A PRINCÍPIO VEM SENDO DESEMBARCADO PELO TERMINAL DA GERDAU.

R.O - O porto de Aratu vem crescendo sua movimentação de granéis nos últimos anos. Não posso responder questões referentes à estratégia ou às operações de outras empresas. Mas sei que no caso do enxofre, o importador alterou seu processo produtivo eliminando a necessidade de importação deste produto. Esta medida significa uma operação ambientalmente mais segura, mesmo assim, este importador continua sendo usuário do porto com a importação de outros granéis. Com relação ao Manganês, o produto continua sendo importado via porto de Aratu, porém, nos casos de fila de navios há a alternativa de se utilizar o terminal da Usiba. Fica a critério do importador a decisão de se utilizar o porto de Aratu ou o terminal da Usiba.


22) OUTRO DETALHE INTERESSANTE É A GERDAU QUE NÃO TEM OPERADO MINÉRIO DE FERRO PELO SEU TERMINAL PRÓPRIO, MAS CONTINUA OPERANDO SUA PLANTA INDUSTRIAL, INCLUSIVE EXPORTANDO PARTIDAS MENSAIS PELO PORTO DE SALVADOR. TEMOS 2 PERGUNTAS,  COMO A GERDAU VEM RECEBENDO SEU PRINCIPAL INSUMO O MINÉRIO DE FERRO? E SEU TERMINAL É UM CONCORRENTE OU UMA OPÇÃO REGULADORA PARA ARATU?

R.OSó o Grupo Gerdau pode responder.


23) A INTERMARÍTIMA TEM INTENÇÃO DE PARTICIPAR DIRETAMENTE DE FUTUROS INVESTIMENTOS NO PORTO DE ARATU, A EXEMPLO DE CONSTRUÇÃO DE NOVOS PIERS E BERÇOS?

R.O – Sim.  A Intermarítima faz parte de um projeto para construção de berço e prover equipamentos para movimentação de graneis sólidos que ora encontra-se em estudos pelas autoridades competentes.


24)O SENHOR TEM CONHECIMENTO DE PROJETOS DE CONCESSÃO DA OPERAÇÃO DO PORTO DE ARATU PARA GRUPOS PRIVADOS?

R.O – Sim.  Porém, ouvimos apenas ideias e intenções tendo em vista este tipo de solução precisar de legislação complementar.


25) QUAIS OS INVESTIMENTOS PRIORITÁRIOS A CURTO E MÉDIO PRAZO PARA AMPLIAR A PRODUTIVIDADE OPERACIONAL DO PORTO DE ARATU NA ÁREA DE GRANÉIS SÓLIDOS?

R.O - Em Aratu tem que ser feito tudo, tendo em vista não só a melhoria da produtividade para reduzir o tempo de véspera dos navios que gera grandes multas, à semelhança do feito pela Intermarítima que colocou um guindaste dos mais modernos no mundo, permitindo aumentar a produtividade em cinco vezes. Mas também se equipar para atrair mais cargas e assim aproveitar da melhor maneira a infraestrutura natural para instalação portuária.


26) O SENHOR CONHECE ALGUM PLANO PARA CONSTRUÇÃO DE TERMINAL DE CONTÊINER NO PORTO DE ARATU A MÉDIO PRAZO E QUAL SUA VISÃO EMPRESARIAL SOBRE O ASSUNTO?

R.O - Não conheço nenhum projeto com este fim, porém, não me surpreenderia  tendo em vista a importância  da logística portuária na logística integrada.


27) EM RELAÇÃO AO PORTO DE ILHÉUS, MALHADO, QUAIS OS NICHOS DE OPERAÇÃO QUE A INTERMARÍTIMA ATUA?

R.O - A Intermarítima atua na área de milho que é um novo produto sendo exportado de grande demanda no exterior e grande potencial de produção em todo Estado da Bahia. Também atuamos com carga geral e minerais.


28) A INTERMARÍTIMA REALIZOU INVESTIMENTOS RECENTES NA AQUISAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA O PORTO DE ARATU. O MESMO ACONTECEU NO PORTO DE ILHÉUS?


R.O - Sim, a Intermarítima procura investir em todos os portos da Bahia tendo em vista ter conhecimento da importância da logística portuária em um estado com nossa costa e o próprio Brasil. Por outro lado, a Bahia com a riqueza natural que possui sempre será um fornecedor potencial de outras regiões do Brasil e do mundo. Por esta razão, estaremos sempre atentos a viabilizar a logística de produtos baianos e importados por baianos como já fizemos com a soja do oeste baiano, estamos fazendo com o milho e quando fomos pioneiros na viabilização do transporte de cabotagem no porto de Salvador.



29) NÃO SERIA MAIS VIÁVEL A CURTO E MÉDIO PRAZO REALIZAR INVESTIMENTOS NO PORTO DE MALHADO AO INVÉS DE SE CONSTRUIR UM NOVO PORTO NA REGIÃO?


R.O - Com certeza o porto do Malhado precisa de muito mais atenção de nossas autoridades e políticos. Acho que as autoridades nem tem a real noção da importância do porto de Ilhéus para o município e para toda a região.

O porto do Malhado tem características completamente diferentes e complementares ao Porto Sul. O porto do Malhado será um porto turístico e de movimentação de cargas de maior valor agregado. Temos que trabalhar em conjunto, governo e iniciativa privada, por exemplo, para atrair a exportação de celulose hoje saindo pelo Espírito Santo, mas, produzida na Bahia. Se conseguirmos tal intento poderemos atrair mais indústrias para a região como a indústria de papel e outras mais.

O Porto Sul vai ser construído com o objetivo primordial de viabilizar um grande negócio que é a exportação de minérios da região.  É um porto altamente especializado e indispensável para esta exploração. Contudo um porto não inviabiliza o outro, porque são totalmente diferentes.

Como sabemos, o Brasil está inserido comercialmente de maneira irretratável no mundo, dado sua distância dos principais mercados e também seu tamanho, o porto é indispensável para a troca de mercadorias. Por esta razão temos que dar valor e otimizar qualquer investimento e possibilidade nesta área. Não esqueçamos que a navegação de cabotagem está vindo com muita força, assim precisaremos de todo porto no Brasil.



30) SENHOR ROBERTO OLIVA, GOSTARÍAMOS QUE FALASSE  O QUE DEVE SER FEITO NO SENTIDO DE DINAMIZAR AS OPERAÇÕES DOS PORTOS BAIANOS, AMPLIANDO A EFICIÊNCIA OPERACIONAL?


R. O - O problema não é apenas de eficiência, mas teremos que investir para viabilizar a demanda dos produtos e mercadorias por portos. Como já dissemos, considerando a posição geográfica do nosso País, o tamanho de sua costa e o da costa da Bahia, também a exportação de produtos primários, não nos desenvolveremos a contento caso não tenhamos portos. Para tanto, a Codeba precisa se dinamizar ainda mais, em parceria com a iniciativa privada porque são projetos de longa maturação. Acima de tudo, os empresários precisam ouvir respostas imediatas às suas propostas e informações de condições para viabilizar os projetos. Isto sem falar no desenvolvimento mais rápido da cabotagem que acontece em nosso país.

Precisamos também de trabalho junto aos órgãos federais como ANTAQ e Secretaria de Portos para defender nossos projetos à semelhança de outros portos no Brasil que fazem este trabalho com muita competência.