terça-feira, 29 de janeiro de 2013

RESULTADO, RODADA DE NEGÓCIOS - ESTALEIRO ENSEADA DO PARAGUAÇU - EEP


PUBLICAMOS RESULTADO DA RODADA DE NEGÓCIOS DO "ESTALEIRO ENSEADA DO PARAGUAÇU S.A".




Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A.




                           Rodada de Negócios do EEP atrai fornecedores à Bahia

Mais de 100 empresas participaram do encontro realizado na sede da FIEB, em Salvador.



“O Estaleiro Enseada do Paraguaçu é um empreendimento chave para o desenvolvimento de um polo metal mecânico na Bahia”. A afirmação é do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), José de Freitas Mascarenhas, e foi feita durante a solenidade de abertura da Rodada de Negócios com Fornecedores Estratégicos, evento realizado em Salvador na terça-feira (29). O encontro contou com a participação do secretário da Indústria Naval do Estado da Bahia, Carlos Costa, e do diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade do EEP, Humberto Rangel, e teve como objetivo desenvolver uma ampla rede de fornecedores, sobretudo do Nordeste, que atuam nos setores de partes, peças, serviços, equipamentos, instituições de ensino e pesquisa. 



Com demanda inicial garantida fruto de contratados já assinados da ordem de US$ 6,4 bilhões, o EEP dedica-se à construção e à integração de unidades offshore, como plataformas, FPSOs e sondas de perfuração, e iniciou as obras do Estaleiro em Maragojipe, no ano passado. O empreendimento prevê cerca de R$ 2,6 bilhões de investimento, o maior feito pela iniciativa privada nos últimos dez anos na Bahia. 



Segundo Humberto Rangel, um dos principais desafios para implantação do EEP é o intenso trabalho de formação e qualificação de mão de obra, sobretudo nas cidades impactadas direta e indiretamente pelo empreendimento, como Maragojipe, Salinas da Margarida e Saubara. “Estamos instalando um estaleiro com visão de longo prazo, com nível permanente de encomendas e, para isso, será preciso desenvolver e atrair fornecedores, sejam eles produtores ou prestadores de serviços, como o de formação e aperfeiçoamento da mão de obra local”, revela Rangel.



Incentivo ao desenvolvimento

“A implantação do Estaleiro na Bahia gerará cinco mil vagas diretas e 15 mil indiretas com o início de suas operações, previsto para janeiro de 2014. Com isso, queremos incentivar o desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores, criando oportunidades para pequenas e médias empresas. A expectativa é que sejam fortalecidos e gerados novos empreendimentos com a implantação do Estaleiro no Recôncavo Baiano”, afirma o diretor do EEP. 



O evento, que teve como apoiadores o Governo da Bahia e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), contou com a participação de executivos do EEP e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade do Sistema Indústria responsável pelo desenvolvimento de serviços que favoreçam o aperfeiçoamento da gestão e a capacitação empresarial, que abordou a qualificação de fornecedores. No total, cerca de 300 empresários compareceram ao encontro na parte da manhã e mais de 100 foram previamente selecionados para uma rodada de negócios com os seguintes eixos temáticos: Construção do Estaleiro; Engenharia; Suprimento do Projeto de Sondas; e Pessoas. 



Assessoria de Imprensa:
CDN Comunicação Corporativa
Juliana Valentim -
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EEP
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

RODADA DE NEGÓCIOS - ESTALEIRO ENSEADA DO PARAGUAÇU

RECEBEMOS CONVITE, PELO QUAL NOS SENTIMOS HONRADO, PARA PARTICIPAR DE EVENTO SOBRE RODADA DE NEGÓCIOS E OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS EM RELAÇÃO A IMPLANTAÇÃO DO "ESTALEIRO ENSEADA DO PARAGUAÇU", QUE SERÁ REALIZADO NO DIA 29 DE JANEIRO DE 2013 ENTRE 8H E 18H.

FICAMOS FELIZES, EM VER ESTE PROJETO SER TOCADO A TODO VAPOR, A DRAGAGEM QUE VEM SENDO REALIZADA É UMA PROVA DESSE FATO. ESSE EMPREENDIMENTO PELO SEU CARÁTER ESTRUTURANTE E MULTIPLICADOR ASSUME UM MARCO IMPORTANTE PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO ESTADO DA BAHIA.

EM ALGUNS MOMENTOS, NESSE BLOG, FOMOS CRÍTICOS EM RELAÇÃO A DELONGA DO GOVERNO DO ESTADO EM CUMPRIR A PROMESSA DE ATRAIR ESTALEIROS DE MONTAGEM E DOCAGEM PARA A BAHIA, ENQUANTO O ESTALEIRO "ATLÂNTICO SUL" EM PERNAMBUCO, ALÉM DE IMPLANTADO, JÁ VINHA MONTANDO O NAVIO SUEZMAX "JOÃO CÂNDIDO", QUE DIGA-SE DE PASSAGEM, APRESENTAVA TANTOS ERROS DE PROJETO,QUE SEU TESTE DE MAR FOI ADIADO EM DIVERSAS OPORTUNIDADES, E HOJE, MESMO OPERACIONAL, NAVEGA COM RESTRIÇÕES E NA CABOTAGEM. "ANTES TARDE DO QUE NUNCA".


JOSEMAR

O CONVITE:

Prezado Josemar,

Boa tarde.

Segue convite e release sobre o evento que o Estaleiro Enseada do Paraguaçu vai promover no próximo dia 29.

Abraço forte,

Marcelo Gentil Espinheira
Comunicação Social
EEP - Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A.
Tel  (+55 71) 3502-4800 / 9721-5536







EEP realiza evento em parceria com a Fieb para atrair fornecedores à Bahia
A expectativa é que o encontro reúna mais de 50 empresas de todo Nordeste.

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), realizará, em Salvador, no dia 29 de janeiro, entre 8h e 18h, evento com o intuito de desenvolver uma rede de fornecedores. O EEP dedica-se à construção e à integração de unidades offshore, como plataformas, FPSOs e sondas de perfuração, e iniciou as obras do Estaleiro em Maragogipe, no ano passado. O empreendimento prevê cerca de R$ 2,6 bilhões de investimento, o maior feito pela iniciativa privada nos últimos dez anos na Bahia.  Fornecedores que atuam nos setores de partes, peças, serviços, equipamentos, instituições de ensino e pesquisa, interessados em participar do encontro, podem solicitar a inscrição até o dia 28/01 pelo e-mail encontros@eepsa.com.br ou pelo telefone (71) 3502-4700 ramal 4796.

“A implantação do Estaleiro na Bahia gerará cinco mil vagas diretas e 15 mil indiretas com o início de suas operações, previsto para janeiro de 2014. Com isso, queremos incentivar o desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores, criando oportunidades para pequenas e médias empresas. A expectativa é que sejam fortalecidos e gerados novos empreendimentos com a implantação do Estaleiro no Recôncavo Baiano”, afirma Humberto Rangel, diretor de Relações Institucionais do EEP.

O evento, que tem como apoiadores o Governo da Bahia e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), contará com a participação de executivos do EEP e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade do Sistema Indústria responsável pelo desenvolvimento de serviços que favoreçam o aperfeiçoamento da gestão e a capacitação empresarial, que abordará a qualificação de fornecedores. Na parte da tarde, será realizada rodada de negócios com os seguintes eixos temáticos: Construção do Estaleiro; Engenharia; Suprimento do Projeto de Sondas; e Pessoas.

Além da captação de fornecedores, a formação de mão de obra é uma preocupação da empresa. Para isso, serão realizadas capacitações do Programa Acreditar, iniciativa da Odebrecht, Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), do SENAI/CIMATEC e das secretarias de Educação e Trabalho do Estado da Bahia. Os cursos formarão caldeireiro, soldador, serralheiro, operador de máquinas, entre outros, e acontecerão ao longo das obras.

Sobre o EEP
O Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), formado pelas empresas Odebrecht, OAS, UTC e a KHI (Kawasaki Heavy Industries Ltd.), é voltado para construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração. Sua matriz está localizada no município de Maragojipe (BA), cujas obras deverão ser finalizadas em 2014. O EEP também atua no Estaleiro Inhaúma (RJ), que foi arrendado pela Petrobras em razão do contrato para conversão dos cascos de quatro navios tipo VLCC nas plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77. Com 1,6 milhão de metros quadrados de área em Maragojipe, dos quais 400 mil destinados à preservação ambiental, o EEP já é considerado um dos maiores estaleiros do país. Os investimentos no EEP são da ordem de R$ 2,6 bilhões, e sua carteira de contratos inclui a Sete Brasil. Quando estiver operando a plena capacidade, poderá processar até 36 mil toneladas de aço por ano trabalhando em regime de turno único, o que permite uma ampla margem de produção, construindo navios de altíssima especialização, que poderão ser fabricados simultaneamente.

Serviço
Data: 29/01       
Horário: 8h às 17h30
Endereço: Rua Edistio Pondé, 342, Stiep – Salvador/BA (FIEB)


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EEP
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SISTEMA FERRY BOAT NA BAHIA, VERGONHA DE SER BAIANO - FERRY BOAT SYSTEM IN BAHIA, ASHAMED TO BE BAIANO

PROMETERAM 7 FERRYS PARA O FINAL DO ANO DE 2012 E SÓ ESTAVAM EM OPERAÇÃO 3. AGORA, MAIS PROMESSAS, 5 PARA O CARNAVAL. É DE PASMAR!!!! ISSO TUDO VEM ACONTECENDO EM PLENO VERÃO, COM VISITANTES E LOCAIS PASSANDO POR UMA SITUAÇÃO MEDIEVAL.

A ÚNICA SATISFAÇÃO QUE O GOVERNO, VIA AGERBA, OFERECE, É MANDAR "PEGAR A ESTRADA" COM RISCO EFETIVO DO USUÁRIO SER ASSALTADO OU SOFRER ACIDENTES DESVIANDO DE BURACOS.

SE FOSSE PARA "PEGAR A ESTRADA", NÃO TERIA SIDO NECESSÁRIO CONSTRUIR O SISTEMA FERRY BOAT HÁ 40 ANOS ATRÁS, SÃO SOLUÇÕES SIMPLISTAS E IRRESPONSÁVEIS, O USUÁRIO MERECE MAIS ATENÇÃO, POIS É ELE QUE ARCA COM O SISTEMA, NÃO SÓ PAGANDO TAXAS, MAS, PRINCIPALMENTE IMPOSTOS.  

ENQUANTO ISSO, O JOVEM PREFEITO DE SALVADOR, "ACM NETO", EM MENOS DE UM MÊS DE GESTÃO, VEM TOMANDO MEDIDAS EFETIVAS PARA RECUPERAR A DIGNIDADE DA CAPITAL, SEM RECLAMAR DO PASSADO E DE SEU ANTECESSOR, DIGA-SE DE PASSAGEM, COM APOIO IRRESTRITO DO GOVERNADOR JAQUES WAGNER, QUE UMA VEZ DECLAROU " QUE NÃO OLHARIA PARA O RETROVISOR", 

ESSA ATITUDE DO GOVERNADOR É DIGNA DE HONRARIA, DEMONSTRANDO EFETIVAMENTE QUE A CAPITAL E SEUS CIDADÃOS ESTÃO ACIMA DE INTERESSES POLÍTICOS, DE TIMES, DE SIGLAS PARTIDÁRIAS, ETC, É  UM COMPORTAMENTO DE ESTADISTA E NÃO DE UM SIMPLES POLÍTICO. 

http://bahiapress.com.br/wordpress/?p=62584

MAS, O GOVERNADOR WAGNER, DEVE, PRIORITARIAMENTE, ESCOLHER UMA EQUIPE TÉCNICA E CAPAZ, NÃO SIMPLESMENTE POSSUIDORA DE CURRÍCULO POLÍTICO, PARA PODER GOVERNAR COM TRANQUILIDADE, ESTAMOS À PORTA DE 2014, E ESSA SITUAÇÃO MALÉFICA QUE SE DEIXOU CHEGAR O FERRY BOAT, SEM TER SIDO DETECTADA COM ANTECEDÊNCIA, QUE O SISTEMA CAMINHAVA PARA O COLAPSO, PODE CRIAR MAIS DANOS NO CASCO DO NAVIO DE SUAS PRETENSÕES POLÍTICAS, QUE A GREVE DOS PROFESSORES, DOS POLICIAIS, E OS ÍNDICES DE VIOLÊNCIA ALARMANTES QUE SAGRAM PELA BAHIA.

GOVERNADOR, É INTERESSANTE, VOSSA EXCELÊNCIA PASSAR A DORMIR COM "UM OLHO ABERTO E OUTRO FECHADO", OU COMO DIZIAM OS ÍNDIOS LÁ EM BELÉM DO PARÁ, "AMIGO, DESCONFIANDO E CONFIANDO", DE TANTO VER PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS PELOS DITOS CIVILIZADOS.

VEJAM O LINK DA REPORTAGEM, A SEGUIR", SOBRE PREJUÍZOS DE COMERCIANTES E TRANSTORNOS DE MORADORES DA ILHA DE ITAPARICA. LEMBRANDO QUE O SISTEMA FERRY BOAT, NÃO FOI IDEALIZADO SIMPLESMENTE PARA ATENDER VERANISTAS DA ILHA E SIM, TAMBÉM, PARA ATENDER UMA ÁREA MAIS AMPLA DE INFLUÊNCIA LOGÍSTICA.

JOSEMAR

domingo, 20 de janeiro de 2013

SAMUEL CELESTINO: SEPULTARAM A CULTURA BAIANA

BELÍSSIMO ARTIGO ESCRITO POR "SAMUEL CELESTINO" SOBRE A DECADÊNCIA DA RICA E PLURAL CULTURA BAIANA EM RAZÃO DO MARASMO DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS QUE SÃO MANTIDAS PELO NOSSO IMPOSTO, CUJA CARGA NÃO É PEQUENA, E POUCO FAZEM PARA A SUA PERPETUAÇÃO.

SAMUEL, FICA TAMBÉM O REGISTRO SOBRE O NOSSO LEGADO CULTURAL NÁUTICO, REPRESENTADO PELOS SAVEIROS E SUAS VARIANTES, ALÉM DA HISTÓRIA DA COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO BAHIANA, RELEGADOS A ESCÓRIA PELA INSENSIBILIDADE DAQUELES QUE DEVERIAM ZELAR POR ESSES ACERVOS DOCUMENTAIS E NÃO O FAZEM.

O ÚNICO EVENTO, REALIZADO PARA TENTAR RESGATAR O SAVEIRO COMO UM BEM HISTÓRICO É A REGATA "JOÃO DAS BOTAS" MANTIDA PELA MARINHA DE GUERRA DO BRASIL, SEM UMA COLABORAÇÃO MAIS DENSA POR PARTE DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA E PREFEITURA DE SALVADOR.

ESPERAMOS, QUE O PREFEITO ACM NETO, EM SEU DINAMISMO, VENHA EXIGIR DE SEUS AUXILIARES ATITUDES QUANTO AO REGASTE DO NOSSO PASSADO NÁUTICO, A COMEÇAR COM APOIO A ESSA REGATA DE SAVEIROS E ESCUNAS.


JOSEMAR



VEJAM O ARTIGO, A SEGUIR:

Coluna A Tarde: Sepultaram a cultura

                                                       
Coluna A Tarde: Sepultaram a cultura
A decadência do ciclo de festas populares da Bahia, como pode ser observada ano após ano, pode ter como marco a Lavagem do Bonfim. Trata-se de um nítido reflexo do desleixo dos governos, estadual e municipal, em relação à política cultural que, praticamente, inexiste, em especial na capital. Do ciclo de festas resistem a Lavagem e o Dois de Fevereiro, em homenagem a Iemanjá, no Rio Vermelho. As demais quase não são lembradas.  A começar pela festa de Santa Luzia, em quatro de dezembro, seguindo-se a da Conceição da Praia; a de Monte Serrat, onde o povo costumava estar presente para a virada do ano e, muitas vezes, esperava pela saída da Galeota “Gratidão do Povo”, levando a imagem do Nosso Senhor dos Navegantes para a Igreja da Conceição. Esqueçam a festa de Reis, na Lapinha. Está viva, como disse, a Lavagem do Bonfim, mas a festa na Colina ficou no passado. Saudades para a festa da Ribeira. A de Iemanjá, como salientado, mantém-se. Outras de bairros, como a da Pituba, morreram. A de Itapoan resiste, mas distante do que já foi.
 
Estão ainda, é certo, no calendário, mas em total decadência. Perderam a pujança popular. O ciclo de festejos, acima citado, seguramente está incompleto. A festa da Lavagem do Bonfim se transformou num mero acontecimento de exibição dos políticos, de tal modo que são eles que agora marcam o horário do início do cortejo, quando, antes, isso ficava por conta das baianas, com roupas belíssimas, carregando potes com água de cheiro para a lavagem do adro da Igreja. Seguiam-se carroças ornamentadas, os fiéis, o povo de santo, enfim, quem desejava se divertir na Colina do Bonfim, marco de chegada. Certa feita a Igreja Católica pretendeu - e não conseguiu - acabar a lavagem por considerar que a festa ganhara conotações profanas, num claro desconhecimento do sincretismo religioso do povo baiano.

Esse ciclo de festas dava – porque não dá mais – uma conotação diferenciada à Cidade da Bahia, como está nas obras de Jorge Amado. Atraia visitantes de várias partes  e contribuiu, e muito, para que Salvador fosse reconhecida como um dos principais polos turísticos do País, hoje também decadente pela indiferença, ou falta de apoio das gestões municipal e estadual. Na verdade, já foi detentora de uma cultura riquíssima, incluindo o Recôncavo, com o seu samba de roda e outras expressões culturais enraizadas no povo. Tudo isso está a se perder, e não é de agora. É um processo lento, que se acentuou nas últimas décadas sem que houvesse manifestação governamental.

Até as igrejas que se concentram com mais intensidade e beleza na cidade velha, ou centro histórico, são decadentes. Um bom número delas sofreu saques de ladrões de santos e de peças sacras de valor. Estão hoje fechadas, sem que o povo tenha acesso, por falta de segurança. No início da gestão, a primeira, de Antônio Imbassahy, ele pretendeu resgatar tradições católicas. Conversamos a respeito e a este assunto dei a visibilidade que estava ao meu alcance na imprensa.
 
Tratava-se de resgatar a prática que vinha da época da construção dos templos, que resumia num projeto pequeno, mas, mesmo assim, encontrou barreiras intransponíveis. A ideia era ressuscitar a prática de, às seis horas da tarde, ou hora da Ave Maria. As igrejas, pelo menos as do centro histórico e das proximidades do centro, tocariam os seus sinos ao mesmo tempo, convocando os fiéis católicos à oração, mesmo que não fossem à reza. Embelezaria a velha Salvador com o som dos sinos que, também, perderam o seu significado. O então prefeito se deparou com um aspecto inimaginável: o projeto era inexequível porque já não havia sineiros nas igrejas. Os que existiam eram poucos. A ideia morreu por aí.

Retornando ao ciclo de festas populares, a pergunta que se faz é para que servem as secretarias de cultura, estadual e municipal. Há acontecimentos culturais nesta cidade que sejam, aos que aqui habitam, possível frequentar? Não. Definitivamente, não!  No primeiro quatriênio de Jaques Wagner a cultura desapareceu, enquanto se engabelava falando-se em “nova política de interiorização da cultura”. Interiorizar o quê, se o que aqui existe está morrendo? A cultura assim foi banida da capital (como o grupo de balé do Teatro Castro Alves), e no interior não chegou. Perdeu-se em razão da total falta de competência do então secretário. Foi afastado do cargo nas mudanças feitas por Wagner para o segundo quatriênio. Deveria ter sido antes, como sinalizou a primeira-dama Fátima Mendonça, ao declarar que “a mudança de pneu poderia ser feita com o carro andando”. Declaração publicada no jornal da Metrópole.
 
Já a prefeitura municipal esqueceu o significado de cultura nos oito anos de João Henrique, com o descalabro da Fundação Gregório de Matos. Agora, abrem-se esperanças com o novo governo municipal. Espera-se que não misture o significado do que seja cultura com entretenimento. Isso se encontra nos shows como os que no momento acontecem no Festival de Verão, ou em outros entretenimentos semelhantes.
  
A Lavagem do Bonfim, razão desse comentário, passou a ser “festa de exibição de políticos”, para aplausos e vaias. Assim como já acontece, também, com os festejos do Dois de Julho. A festa passou a ser deles, porque a do Bonfim, a da Colina do Bonfim, não acabava nem iniciava com a lavagem do adro da Igreja. Essa já não existe, a exemplo das demais. O que ficou virou palanque para declarações políticas desastradas, patéticas e incompetentes.
 
Se os políticos se utilizam daquilo que já foi do povo, os governos que eles compõem têm a obrigação de devolver o aspecto cultural que está, ou esteve, nas raízes do ciclo de festejos da cidade. Mas não apenas isso. Salvador e a Bahia, de maneira geral, se tornaram pobres nesse aspecto. Os gestores sepultaram a cultura baiana em cova rasa.

*Coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde deste domingo (20 de janeiro de 2013)

sábado, 12 de janeiro de 2013

ESTAMOS EM FÉRIAS, JANEIRO DE 2013!



ATÉ O FINAL DO CARNAVAL DE 2013, ESTAREI DE FÉRIAS, EM RELAÇÃO AO TRABALHO, APROVEITANDO A BELEZA E OS PRAZERES DO MAR E DO VERÃO DA BAHIA.

NESSE INTERVALO DE TEMPO, SÓ IREMOS POSTAR SOBRE ACONTECIMENTOS PONTUAIS. 

BOM INÍCIO DE VERÃO, BOA SORTE!


JOSEMAR