quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PESCA DA BALEIA, FOI UMA DAS ATIVIDADES MAIS IMPORTANTE DA BAHIA NO SÉCULO XVII AO INÍCIO DO SÉCULO XX


A BAHIA É MUITO MAIS QUE UM ESTADO, UM PAÍS, NA VERDADE É UMA CIVILIZAÇÃO, AQUI, ACONTECERAM OS PRINCIPAIS EVENTOS POLÍTICOS, RELIGIOSOS, REVOLUCIONÁRIOS E TECNOLÓGICOS DO BRASIL COLÔNIA. DO SEU VENTRE A BAHIA GEROU INTELIGÊNCIAS DAS MAIS DESTACADAS NOS DIVERSOS RAMOS DO CONHECIMENTO HUMANO.


NOS SEUS CAMPOS E MARES HOMENS COMUNS, SEM TÍTULOS DE NOBREZA, MAS EMPUNHANDO ESTANDARTES DE CORAGEM, HONRADEZ E GLÓRIA DEFENDERAM OS PRINCÍPIOS DA LIBERDADE GERADOS NO ÂMAGO DA REVOLUÇÃO FRANCESA. DESSA BAHIA GLORIOSA EU ME FAÇO EM POSIÇÃO DE SENTIDO PRESTANDO CONTINÊNCIA AO HONRADO PASSADO DE MINHA TERRA, MAS A BAHIA DE HOJE ENTRISTECE MEU ESPÍRITO.


NESSE ARTIGO VAMOS LEMBRAR OU TRAZER DO ESQUECIMENTO A HISTORIOGRAFIA DE UMA ATIVIDADE QUE PERMEOU COM SIGNIFICATIVA IMPORTÂNCIA A ECONOMIA DA BAHIA POR MAIS DE 3 SÉCULOS, A PESCA DA BALEIA.


A PESCA A ESSE CETÁCEO COMEÇOU NOS IDOS DO SÉCULO XVII E JÁ EXAURIDA PERPETUO-SE ATÉ O INÍCIO DO SÉCULO XX, EM MANGUINHOS NA ILHA DE ITAPARICA.


                                            http://baleias.pbworks.com/w/page/8682648/pesquisa


AS “ARMAÇÕES” LOCAIS ONDE SE OPERAVA A EXTRAÇÃO DO AZEITE, LOCALIZAVAM-SE PRINCIPALMENTE NA ILHA DE ITAPARICA, ESTRATÉGICO PARA A DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO EM VIRTUDE DE ESTAR DE FRONTE A CIDADE DE SALVADOR E PRÓXIMA ÀS PRINCIPAIS VILAS DO RECÔNCAVO.


ACONTECERAM TAMBÉM NA PITUBA, ITAPUÃ E RIO VERMELHO, MAS POR ESTAREM LOCALIZADAS EM ZONA DE MAR ABERTO A ARREBENTAÇÃO DIFICULTAVA A APROXIMAÇÃO, NÃO DEMORANDO A SEREM DESATIVADAS.


O RESULTADO DA PESCA SE CONCENTRAVA NA OBTENÇÃO DO AZEITE APÓS O DERRETIMENTO DO TOUCINHO DA BALEIA, VEJAM A TRANSCRIÇÃO ABAIXO:


"O azeite — principal produto extraído do derretimento da gordura animal, o toucinho — abastecia as lamparinas que iluminavamas casas, os engenhos, as próprias armações durante a faina noturna,as vilas e as cidades, além de se constituir em apreciada substância para o combate ao reumatismo e outras doenças de pele. A comercializaçãodo azeite, gênero de primeira necessidade, em cidades como São Paulo era intensamente disputada entre os pequenos comerciantes estabelecidos, ganhadeiras e quitandeiras, estas últimas freqüentemente perseguidas pelas autoridades controladoras do Governo Municipal daquela urbe.

O óleo da baleia também era o principal ingrediente usado como ligante na argamassa destinada à construção de prédios, igrejas, fortalezas e casas. Da ossada construíam-se cercas para os quintais, objetos dedecoração e assentos de banquinhos, comumente comercializados em praças como a de Salvador. Eram também usados pelas lavadeiras como peças de apoio, dispostas nas proximidades das fontes e lagoas, onde aquelas mulheres “batiam” roupas.

A carne, considerada produto depreciado e ordinário, era geralmente destinada a alimentar os escravos trabalhadores das armações e vendida às ganhadeiras, que as salgavam e as moqueavam e posteriormente saíam vendendo pelas ruas de Salvador e vilas do Recôncavo, além de ser distribuída gratuitamente entre a gente pobre do lugar. Na Bahia, havia uma crença popular que dizia que, se o contratador favorecesse os pobres com humanidade e caridade cristã por ocasião do desmancho do animal, a pesca seria abundante naquele ano; caso contrário,se agisse com ambição, avareza e vilania, frustrar-se-ia." http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia33_pp133_168_Wellington.pdf


AS BALEEIRAS ERAM EMBARCAÇÕES DERIVADAS DOS SAVEIROS, MODIFICADAS ESTRUTURALMENTE PARA OFERECEREM MAIOR AGILIDADE DURANTE A FAINA DA PESCARIA. VEJAM:


"A baleeira é uma embarcação ligeira, com duas proas, de 12 a 18 metros de comprimento tendo fundo de prato, exclusivamentedestinada à pescaria da baleia. Estando o vento de feição, desenvolve uma marcha de 12 milhas por hora, e até pouco antes da Proclamação da República o preço das de maiores dimensões não excedia de 700$000.

Possue a baleeira um só mastro, com inclinação para a popa, o qual apresenta na extremidade superior um furo, por onde corre a adriça de grande vela quadrangular, cosida na verga. O leme é o mesmo das outras embarcações e atraz à popa, do lado de bombordo, um remo, que também funciona como governo.

Além da vela, servem de propulsores ás baleeiras varas e remos.Os carpinteiros de Itaparica e de Caravellas, onde também sepesca baleia são os preferidos na construção dessas lanchas." http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia33_pp133_168_Wellington.pdf


O RITUAL DA PESCA OCORRIA EM FRENTE A CAPITAL DA BAHIA, A POPULAÇÃO SE AGLOMERAVA PARA ASSISTIR O EMBATE ENTRE OS PESCADORES E A BALEIA.


"Uma vez avistado o animal, os remadores, geralmente em número de dez a doze homens, se posicionavam e começavam a remar. À frente,o baleeiro ou arpoador carregava um arpão pesado de ferro e outros estavam dispostos ao seu lado. A baleia se movimentava por entre grandes e pequenos navios fundeados na baía, investia na direção da saída em sentido à costa ou voltava para o fundo do golfo, sendo seguida incansavelmente pelos pequenos barcos.

Se o animal estivesse acompanhado do baleote (filhote), o seu abate seria mais fácil. Na primeira abordagem, o arpoador acertava o lombo do filhote e o trazia para rente à embarcação. A mãe, com instinto materno, desejando libertar sua cria, se aproximava demasiadamente do barco e, assim, tornava-se alvo fácil. Caso não houvesse filhote, o animal era perseguido, até que a embarcação estivesse próxima e permitisse o arremesso da lança pelo arpoador. Arpoado o animal, as velas eram imediatamente baixadas, os remos suspensos e recolhidos. A corda que prendia o arpão era atada à ponta extrema da proa da embarcação que seguia em alta velocidade o animal ensangüentado. Morta a baleia, uma bandeira branca era içada, avisando à população que esperava ansiosa em terra firme, para assistir ao retalhar do grande animal." http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia33_pp133_168_Wellington.pdf,


O DECLÍNIO DA ATIVIDADE ACONTECEU, PRINCIPALMENTE, POR 2 FATORES:  A DESCOBERTA DO PETRÓLEO, CUJOS DERIVADOS SUBSTITUÍAM O AZEITE EM SUAS DIVERSAS UTILIDADES, ALÉM DA DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE BALEIAS NA "BAÍA DE TODOS OS SANTOS", A CADA TEMPORADA MATAVA-SE DE 100 A 200 ANIMAIS. HOJE PENSAMOS, NO PASSADO HAVIA TANTOS DESSES CETÁCEOS NA COSTA DE SALVADOR E NOS DIAS ATUAIS RARAMENTE SE VISUALIZA UM, A SANHA DO HOMEM É IMPRESSIONANTE!


UM DETALHE IMPORTANTE SE TRADUZ QUE ESSA ATIVIDADE DURANTE SUA VIDA OPERACIONAL TINHA ESCRAVOS E BRANCOS POBRES, POSTERIORMENTE ALFORRIADOS COMO BASE DE SUA MÃO DE OBRA.


O INTUITO DESSE SITE É DE TRAZER A BAILA DE UM MODO GERAL FATOS QUE CONSIDERAMOS INTERESSANTE E ESPECIFICAMENTE ENALTECER MOMENTOS DA HISTÓRIA DA BAHIA QUE NÃO FOI DADA A DEVIDA IMPORTÂNCIA PELO TRADICIONALISMO E CONSERVADORISMO VIGENTE NA SOCIEDADE DA ÉPOCA E QUE INFELIZMENTE PERPETUA COM ESSE COMPORTAMENTO.


TANTO É, QUE POUCOS BAIANOS CONHECEM ESSA FACETA DE SEUS ANTEPASSADOS, O QUE REFORÇA QUE A HISTÓRIA E TRADIÇÕES DA BAHIA TENHAM PRIORIDADES NAS ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DO ESTADO REFORÇANDO NOSSA IDENTIDADE DE POVO


NÃO ENTRAREMOS EM DETALHES MINUCIOSOS DE CADA ASSUNTO, NÃO É NOSSO OBJETIVO, ESTUDOS CIENTÍFICOS EXISTEM PUBLICADOS NO MUNDO VIRTUAL, O QUE QUEREMOS É MOSTRAR QUE EXISTE E É RELEVANTE, E CADA UM DE ACORDO COM SEUS INTERESSES REALIZEM AS PESQUISAS COMPLEMENTARES.


O ENDEREÇO QUE TRAREMOS A SEGUIR, RICO EM DETALHES E BIBLIOGRAFIA, INTITULADO: "PSCADORES E BALEEIROS: A ATIVIDADE DA PESCA DA BALEIA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS DOS OITOCENTOS ITAPARICA 1860 -1888 - WELLINGTON CASTELLUCCI JUNIOR", SERVIU DE LASTRO PARA ESSE ESCRITO.
 http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia33_pp133_168_Wellington.pdf



JOSEMAR


















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