segunda-feira, 15 de agosto de 2011

MONOGRAFIA - EVOLUÇÃO ESTRUTURAL DO LAZER NÁUTICO NO ENTORNO DA "BAÍA DE TODOS OS SANTOS" PARTE I



A concepção do que se costuma chamar de estrutura náutica de lazer basicamente se delimita em clubes náuticos, marinas e estaleiros. No contexto da Baía de Todos os Santos, particularmente a cidade do Salvador, a exploração da atividade náutica de lazer é recente, apesar da estreita e histórica ligação dos soteropolitanos com o mar.

A primeira instituição a ser fundada com este intuito foi o Iate Clube da Bahia (ICB), em 23 de maio de 1935, no local onde funcionava a fábrica de chales Victória, na Ladeira da Barra. O ICB na concepção de seus fundadores teria que ser um local com sede social, estaleiro e guarda de embarcações (IATE CLUBE DA BAHIA 2008). Atualmente essa instituição é uma das mais representativas do universo náutico do Estado. Sua sede é capacitada para prestar serviços diversos de marinharia, com galpões onde pode ser acomoda um grande número de embarcações (anexo VIII) e com fácil acesso ao mar.  
                                     IATE CLUBE DA BAHIA
   http://www.bahianoticias.com.br/noticias/noticia/2010/10/31/77452,yacht-clube-tem-fase-de-privatizacao.html

Mais de 26 anos após a fundação do ICB, em outubro de 1961, um outro clube náutico surgia nas águas da BTS, o Iate Clube Aratu (AIC). Este Iate tem como peculiaridade a maior presença de veleiros cabinados, também denominados de oceano, entre as demais entidades náuticas situadas na BTS.

                                               ARATU IATE CLUBE
                    http://salvadorhistoriacidadebaixa.blogspot.com/2010/11/aratu-iate-clube-um-grande-clube-so-de.html

No início da década de setenta do século XX, por iniciativa de Raimundo Tourinho Dantas, foi criado o Clube do Saveiro, dando início aos primeiros movimentos direcionados à preservação dessas embarcações típicas. Nessa mesma época, o próprio Tourinho Dantas fundou a LR Turismo que adaptou inúmeros saveiros de vela de içar e escunas de carga para serem utilizadas no turismo náutico.  
 


Em 1970, Luiz Raimundo Tourinho Dantas comprou o saveiro “Estrela Dalva” para seu uso próprio e o reformou. Um barco de 14 metros que ficou bonito, requintado e bem equipado. Sua paixão o motivou tanto que não parou por ai. Reformou e construiu 10 saveiros (escunas) bem adaptados para uma empresa de turismo, a L.R Turismo, na época, de sua propriedade. Dantas foi o responsável pela fundação do Clube dos Saveiros, que apoiou todo o sistema que ressurgia (SMARCEVSKI, 1996, p. 110)


Foi o início de um novo momento para a atividade náutica na BTS, pois outros saveiros foram comprados e adaptados por particulares, além de encomendas de barcos novos. As chamadas escunas da Bahia pelo próprio desenvolvimento do turismo náutico se tornaram conhecidas no Sudeste do País e até no exterior, de onde surgiram pedidos de construção, injetando novo vigor aos diversos estaleiros de construção artesanal localizados no Litoral Baiano, que estavam em iminência de fechar pelo impacto causado pela mudança da matriz de transporte no Estado. 

            CATAMARÃO "ODARA" ATRACADO NO CLUBE DOS SAVEIROS
  Nesse mesmo período, iniciou-se a formação de uma estrutura náutica na Enseada dos Tainheiros, no Bairro da Ribeira. Além do Clube dos saveiros, surgiu o Angra dos veleiros, a Marina da Penha nas instalações da CNB. Posteriormente, a Marina dos Tainheiros, hoje denominada Píer Salvador. A Marina Píer Norte e Marina Bonfim esta situada nas instalações do antigo Estaleiro Bonfim. 

O crescimento da náutica na Bahia levou a instalação, em meados da década de noventa do século XX, da mais moderna marina do Brasil, a Bahia Marina. Com padrão internacional, este equipamento foi um divisor de águas para o desenvolvimento da atividade náutica de Lazer no Estado. A Bahia Marina esta localizada na BTS, ao pé da Avenida Contorno, no Comércio, próximo aos principais sítios históricos da Capital Baiana. É dotada de inúmeros e modernos equipamentos de lazer, a exemplo de restaurantes e lojas náuticas.


JOSEMAR E MARGARIDA

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