quinta-feira, 28 de julho de 2011

MONOGRAFIA - POSSIBILIDADES NÁUTICAS ENSEADA DOS TAINHEIROS

NESTE TÓPICO DA MONOGRAFIA É RELATADO AS VANTAGENS COMPARATIVAS NATURAIS, HISTÓRICAS E ESTRUTURAIS  DA ENSEADA DOS TAINHEIROS, PARA ATIVIDADE NÁUTICA.


JOSEMAR



7.2 A ENSEADA DOS TAINHEIROS



Um caso particular no contexto da agressão ambiental é a Enseada dos Tainheiros, que teve seu espelho d’água reduzido por aterros e palafitas onde os moradores lançam lixos e dejetos de toda espécie no mar. O mangue original situado nessa pequena baía, berçário de inúmeras  espécies marinhas, praticamente desapareceu diante das agressões sofridas no decorrer do tempo.

Há de ressaltar que os governos do Estado e do Município de Salvador participaram de forma direta  nesse processo de agressão ambiental a um dos locais mais pitoresco da Capital  do Estado; ora de forma ativa, aterrando irresponsavelmente seu espelho d’água com o intuito de construir casas populares em substituição às palafitas; e ora sendo passivo e omisso, sem realizar a devida fiscalização diante de intervenções irregulares praticadas por particulares.

  A Enseada dos Tainheiros apresenta inúmeras possibilidades para se transformar num grande centro de apoio à náutica de lazer na Capital Baiana,especialidade esta que vem desempenhando, de forma natural e sem planejamento, ao longo dos anos ou porque não ao longo dos séculos. Nessa pequena baía, como já foi dito, a CNB desenvolvia todos os trabalhos de manutenção de sua frota de embarcações. Em suas margens diversos estaleiros artesanais construíram saveiros ou outras embarcações de madeira.

Em seu estado atual a vocação náutica da Enseada dos Tainheiros se firma pela quantidade de marinas localizadas em seu interior, em número de 6; um moderno estaleiro, o Corema, especializado em construção de embarcações auxiliares e de pequeno porte, a exemplo de rebocadores, pesqueiros de alto-mar, chatas; e alguns estaleiros no Lobato onde se constrói e reparam embarcações de madeira.

Os governos do Estado da Bahia e do Município de Salvador devem em conjunto traçar atitudes eficazes no sentido de requalificar a Enseada dos Tainheiros, tais quais - despoluir suas águas; reconstituir o manguezal original, devolvendo dentro do possível, ao mar aterros irregulares; dragar seu canal, favorecendo o acesso a embarcações de recreio de maior porte; e criar estruturas públicas, a exemplo de marinas e píers, favorecendo a guarda de embarcações daqueles que não podem pagar uma marina particular, o que é um meio de socializar a náutica no Estado da Bahia.

 A prioridade das margens da Enseada dos Tainheiros deve ser voltada à náutica e a manutenção de embarcações de madeira, como limpeza de casco e troca de tabuados que são secularmente realizados na praia durante as preamares. As praias dessa enseada são de fundo de lama, o que as torna pouco atrativas ao banho.

Com as intervenções propostas nesse capítulo, a Enseada dos Tainheiros favorecerá de forma efetiva o desenvolvimento da náutica de lazer em Salvador e o retorno da faina marinha, além da possibilidade dessas novas estruturas se transformarem em mais um atrativo turístico para a Capital do Estado, criando postos de trabalho, renda e impostos para o erário, diminuindo também a degradação social presente nos bairros que circundam essa enseada.

JOSEMAR E MARGARIDA

MONOGRAFIA -GRUPAMENTO NAVAL PM -BA

6. PROPOSTA PARA AÇÃO DO GOVERNO DA BAHIA NA SALVAGUARDA DA VIDA NO MAR.


ESTE CAPÍTULO DA MONOGRAFIA RETRATA A NECESSIDADE DE SE AMPLIAR OS MEIOS DE APOIO  A SALVAGUARDA DA VIDA NO MAR, ACOMPANHANDO O DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER  NO ESTADO DA BAHIA.
OS AUTORES DO TRABALHO ACADÊMICO – MONOGRAFIA -  ENTENDEM QUE A POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DEVE CRIAR SEU GRUPAMENTO NAVAL, PARA OPERAR SUPLETIVAMENTE EM RELAÇÃO AOS MEIOS HUMANOS E FLUTUANTES DO 2º DISTRITO NAVAL DA MARINHA DO BRASIL.
DESTACAMOS O OPERATIVO TRABALHO DO GRUPAMENTO AÉREO DA PM – BA, O QUE CERTAMENTE SERÁ SEGUIDO PELO GRUPAMENTO NAVAL.

VAMOS AO TEXTO!
JOSEMAR



Criar caminhos alternativos para desenvolver uma atividade econômica significa pensá-la como um todo. Um maior número de embarcações de recreio navegando nas águas da BTS e no restante do Litoral Baiano implica necessidades de sistemas eficientes de salvamento marítimo, salvaguardando a vida de tripulantes e comandantes dessas embarcações.

Atualmente essa tarefa na área da Bahia e Sergipe esta afeita em sua totalidade aos meios flutuantes da MB, jurisdição do Segundo Distrito Naval e em suas Capitanias dos Portos. Na estrutura organizacional da Polícia Militar (PM) da Bahia, tem diversos Grupamentos Marítimos que desempenham prioritariamente tarefas definidas com salvamento em áreas de praias e lagoas.

O que se propõe é a criação de um grupamento naval mais denso no âmbito da PM da Bahia que, de forma supletiva e harmônica opere junto a MB, efetuando faina de auxílio aos navegantes e patrulhamento em águas Baianas. O argumento fundamenta-se no fato de que os meios flutuantes da MB, disponíveis no Segundo Distrito Naval, não são suficientes e adequados para atender eficazmente as solicitações de ocorrências marítimas a todas as condições de tempo e relevo costeiro do Litoral da Bahia.

A Capitania dos Portos da Bahia atua em suas funções regimentais utilizando-se de embarcações que não foram construídas especificamente para fainas de fiscalização e atendimento a pedido de socorro dos navegantes. Todas são modelos de passeio e com vida operacional de mais de 20 anos. Se o pedido de socorro ocorrer em condições adversas de tempo, com mar grosso  e fora das águas protegidas da BTS, essas embarcações não poderão sair de seu ancoradouro, pois colocaria em risco a vida de seus tripulantes.

Pode-se alegar que na situação descrita anteriormente entrariam em ação belonaves (Navios de guerra) localizadas na BNA (Base Naval de Aratu), subordinadas ao Segundo Distrito Naval, com maior deslocamento, autonomia e capacidade estrutural para navegar em mar aberto. Ocorrerão dificuldades se a operação de emergência for perto da Costa ou em linha de arrebentação pelo porte de sua estrutura, levando ao risco de encalhe.

A MB realiza suas operações com profissionalismo e dever pátrio, mas é sabido que as dificuldades orçamentárias não permitem que essa corporação adquira os meios flutuantes adequados a real necessidade de suas demandas. Nesse universo entraria o Estado da Bahia, formando o seu Grupamento Naval (GN), agindo supletivamente a MB nas operações de salvaguardas da vida do mar, patrulhamento marítimo, combate à pesca predatória e ao risco potencial de contaminação do ambiente marinho, proporcionando uma maior segurança aos navegantes em águas do Litoral Baiano.

Esse grupamento naval teria sua sede em Salvador. A Ribeira seria um dos locais ideais pela proximidade dos principais centros hospitalares, o que facilitaria o deslocamento daqueles que precisem de atendimento médico. A base de operações do GN pode ser alocada na área de uma antiga fábrica de óleo vegetal desativada atualmente, localizada na Enseada dos Tainheiros. Com um píer de atracação, heliporto, unidade de tratamento intensivo, alojamentos, área administrativa, câmara hiperbárica5, posto de abastecimento de combustíveis e oficinas, formariam um arcabouço operacional da base principal.


 Na Baía de Aratu se concentrariam os estaleiros e demais estruturas de apoio à manutenção dos meios flutuantes. As embarcações inicialmente seriam posicionadas em bases secundárias no entorno da BTS, eqüidistantes umas das outras, posteriormente em outros pontos do Litoral, como a região do Baixo Sul, Baía de Camamu, Ilhéus, Porto Seguro, dentre outros.

A frota do GN comporia basicamente de embarcações ligeiras em torno de 12 metros, para atuar nos perímetros da BTS, com estrutura para navegar em velocidade máxima, na penumbra e nas condições de tempo mais adversas registradas em série históricas no interior da BTS.  A tripulação, além do pessoal encarregado da operação da embarcação, seria composta de um mergulhador, paramédicos e equipamentos necessários à manutenção dos sinais vitais das possíveis vítimas.

Outra classe atenderia as solicitações de socorro em mar aberto, em um comprimento de 25 a 30 metros, com os recursos da classe anterior, acrescida de capacidade leve de reboque e combate a incêndio. Esses barcos, inicialmente, seriam em números de três. Um estaria de prontidão para atender pedidos de socorro da BTS até Itacaré e Litoral Norte. A segunda unidade teria Ilhéus como base e jurisdição até Mucuri, e a terceira seria reserva como forma de apoio às demais, quando a situação assim exigir. Além disso, uma embarcação para resgate subaquático, equipada com câmara hiperbárica, teria que fazer parte da futura frota.

As operações do grupamento naval, sempre que possível, seriam realizadas em conjunto com os helicópteros do grupamento aéreo da própria PM. Através de um convênio com a MB, seria proporcionado o treinamento inicial do oficialato e corpo subalterno. Próspero seriam os benefícios que a sociedade baiana teria com a criação desse grupo naval no âmbito da Polícia Militar da Bahia ao oferecer segurança efetiva a todos àqueles que naveguem por lazer ou por necessidade econômica.

A virtude primária da criação desse grupamento naval será a salvaguarda a vida no mar e o patrulhamento marítimo. Entretanto, economias externas serão geradas, pois as embarcações que irão compor a futura frota deverão ser obrigatoriamente construídas em estaleiros localizados em território baiano, o que impulsionará o segmento naval no Estado, além da criação de novos postos de trabalhos em terra ou a bordo.




5 A câmara hiperbárica é o equipamento destinado as pessoas que se submeterão a sessões de oxigenoterapiahiperbárica(OHB) a fim de respirar oxigênio 100% puro a pressões superiores a pressão ao nível do mar.


JOSEMAR E MARGARIDA


quarta-feira, 27 de julho de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR DA BAHIA - FRAÇÃO DE VERDADE

RECENTEMENTE FOI NOTICIADO NA IMPRENSA LOCAL, EM MANCHETES DE PRIMEIRA PÁGINA, QUE AS EXPORTAÇÕES BAIANAS BATERAM RECORDES HISTÓRICOS EM JUNHO DE 2011, COM A MARCA DE US$ 1,050 SUPERANDO O MESMO MÊS DE 2010 EM 45,9%. ENTRETANTO ESTE DADO ESTATÍSTICO ISOLADAMENTE NÃO É SUFICIENTE PARA UMA ANÁLISE MAIS PROFUNDA DO COMPORTAMENTO DA BALANÇA COMERCIAL E A ECONOMIA DA BAHIA.

MAIS SIGNIFICATIVO DO QUE A MANCHETE SENSACIONALISTA, SERIA VERIFICAR QUAL FOI O RESULTADO DA BALANÇA DE COMÉRCIO DO ESTADO, PERANTE AS DEMAIS UNIDADES DA FEDERAÇÃO. NÃO SE FAZ PRUDENTE TER COMO PARÂMETRO A PRÓPRIA BAHIA, ISSO PODE INDUZIR A UMA ILUSÃO, SE FOR INTENCIONAL A FUNÇÃO SERIA DE UMA CORTINA DE FUMAÇA PARA ENCOBRIR A INEFICIÊNCIA.

VAMOS TENTAR, SEM MAIORES PRETENSÕES, DEMONSTRAR QUE O FATO ISOLADO POUCO SIGNIFICA SE NÃO FOR AVALIADO NO ÂMBITO DO CONTEXTO DA CONJUNTURA.

A TABELA ABAIXO, COM SÉRIE HISTÓRICA DE 1980 ATÉ JUNHO DE 2011, INDICA QUE A BAHIA OBTEVE EM 1983 UMA PARTICIPAÇÃO DE 7% NO TOTAL DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS, PERÍODO ONDE A PRODUÇÃO DE CACAU E SEUS PREÇOS RELATIVOS ESTAVAM EM ALTA, VEJA QUE NOS DEMAIS PERÍODOS DA DÉCADA DE OITENTA OBSERVA-SE UMA TENDÊNCIA DECLINANTE DESTA PARTICIPAÇÃO, ACOMPANHANDO A CRISE DA LAVOURA CACAUEIRA.

A PARTIR DE 2001, HOUVE NOVA REAÇÃO DAS VENDAS EXTERNAS DO ESTADO, COM AUGE EM 2005 – 5,05%, DEPOIS SÓ DECLÍNIO, COM 4,15% NO INTERVALO DE JAN/JUN DE 2011, ONDE A BAHIA BATEU RECORDE NO MÊS DE JUNHO, MAS DIMINUI SUA PARTICIPAÇÃO NO BOLO.


Participação da Bahia no comércio exterior brasileiro
1980/2011
( em % )
Anos
Exportações
Importações
Saldo
Corr. de comércio
1980
5,53
3,59
( - )
4,50
1981
5,54
2,58
59,95
4,10
1982
5,53
3,14
59,74
4,26
1983
7,00
2,86
16,89
5,29
1984
6,43
2,36
10,77
5,05
1985
6,38
3,10
9,84
5,27
1986
5,07
3,23
8,18
4,36
1987
4,85
3,22
7,04
4,25
1988
4,37
4,63
4,16
4,45
1989
4,43
3,55
5,43
4,12
1990
4,62
3,71
6,39
4,26
1991
4,04
3,00
6,10
3,62
1992
4,17
2,60
6,26
3,59
1993
4,76
2,41
6,36
3,22
1994
3,95
2,27
9,32
3,58
1995
4,13
3,65
( - )
3,25
1996
3,87
2,74
( - )
3,27
1997
3,52
2,67
( - )
3,07
1998
3,58
2,60
( - )
3,06
1999
3,29
2,98
( - )
3,14
2000
3,53
4,01
( - )
3,77
2001
3,64
4,09
( - )
3,86
2002
3,99
3,98
4,06
3,98
2003
4,46
4,03
5,30
4,29
2004
4,21
4,81
3,09
4,45
2005
5,05
4,55
5,87
4,86
2006
4,92
4,90
4,95
4,91
2007
4,61
4,50
4,94
4,56
2008
4,39
3,76
8,86
4,10
2009
4,58
3,61
9,46
4,14
2010
4,40
3,65
11,16
4,04
2011*
4,15
3,48
9,54
3,83
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
Obs: importações efetivas, dados preliminares
(-) Saldo negativos
(*) Dados referentes ao mês de Jan./Jun.


OUTRA SUTILEZA EM RELAÇÃO AO RECORDE DE JUNHO DE 2011 PERCEBE-SE NA TABELA A SEGUIR, AS EXPORTAÇÕES POR ESTADO. NUM UNIVERSO DE 13, O ÍNDICE DE CRESCIMENTO DA BAHIA – 18,39% – SÓ FOI SUPERIOR AO DE MATO GROSSO, SÃO PAULO E A MÉDIA DOS DEMAIS ESTADOS, SENDO QUE A MÉDIA DO BRASIL FOI DE 32,65%.

É RELEVANTE INFORMAR QUE HÁ UNS SETE ANOS ATRÁS ESTAVAMOS Á FRENTE DO PARÁ, ESPÍRITO SANTOS E MATO GROSSO, E NOS APROXIMANDO DO PARANÁ E RIO GRANDE DO SUL, PERDEMOS 3 POSIÇÕES. SERÁ QUE ESSE FATO NÃO REFORÇA A PERDA DE COMPETITIVIDADE POLÍTICA E ECONÔMICA DA BAHIA?

EM TEMPOS NÃO MUITO DISTANTES A BAHIA LUTAVA E SE PREPARAVA PARA SER A TERCEIRA ECONOMIA DA FEDERAÇÃO ATRÁS DE SÃO PAULO, MINAS E RIO DE JANEIRO, HOJE FICO TRISTE COM O QUE VEJO.


Anexo VI - Exportações brasileiras
Principais estados
Jan./Jun. - 2010/2011
( Valores em US$ 1000 FOB )
Estados
2010
2011
Var.%
Part. %
São Paulo
23.267.339
27.089.608
16,43
22,90
Minas Gerais
12.333.172
18.684.153
51,50
15,79
Rio de Janeiro
9.365.305
14.531.835
55,17
12,28
Rio Grande do Sul
7.140.545
9.261.124
29,70
7,83
Paraná
6.474.597
8.228.931
27,10
6,96
Para
4.225.541
7.807.541
84,77
6,60
Espírito Santo
4.813.667
7.222.480
50,04
6,11
Mato Grosso
4.545.287
5.103.349
12,28
4,31
Bahia
4.143.676
4.905.782
18,39
4,15
Santa Catarina
3.549.324
4.320.640
21,73
3,65
Goiás
2.015.663
2.812.924
39,55
2,38
Mato Grosso do Sul
1.276.481
1.812.395
41,98
1,53
Demais estados
6.036.830
6.522.751
8,05
5,51
Total
89.187.427
118.303.513
32,65
100,00
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia

QUANDO COMPARADO AOS ESTADOS DO NORDESTE A NOSSA PARTICIPAÇÃO RELATIVA CONTINUA SIGNIFICATIVA – 57,99 -, EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO DE 2010, SÓ PERDEMOS PARA ALAGOAS – 46,20% – E SERGIPE – 54,88% -, MAS SÃO ESTADOS COM PARTICIPAÇÃO DIMINUTA EM RELAÇÃO À BAHIA. AGORA VERIFIQUE O CRESCIMENTO DE PERNAMBUCO, NEGATIVO EM 9,89, MAS RECEBE DA UNIÃO UM MONTANTE DE VERBAS PARA INVESTIMENTOS EM PORTOS BEM SUPERIOR A BAHIA, PARADOXO OU FRAQUEZA POLÍTICA.


Anexo VII - Exportações nordestinas por estado
Jan./Jun. - 2010/2011
(Valores em US$ 1000 FOB)
Estados
2010
2011
Var.%
Part.%
Bahia
4.143.676
4.905.782
18,39
57,99
Maranhão
1.584.073
1.390.949
-12,19
16,44
Alagoas
547.429
800.351
46,20
9,46
Ceara
595.335
610.372
2,53
7,22
Pernambuco
517.960
466.737
-9,89
5,52
Rio Grande do Norte
137.672
105.734
-23,20
1,25
Paraíba
95.230
87.263
-8,37
1,03
Piauí
57.743
49.498
-14,28
0,59
Sergipe
27.633
42.798
54,88
0,51
Total
7.706.751
8.459.484
9,77
100,00
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia




OUTRO FATOR NEGATIVO, TRADUZ QUE O CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES BAIANAS SE ESTRUTURAM NA VALORIZAÇÃO DOS SEUS PRINCIPAIS ITENS E NÃO PELO AUMENTO DAS QUANTIDADES FÍSICAS. O QUE PODE SINALIZAR QUE ALGUMAS UNIDADES FABRIS EXPORTADORAS TENHAM FECHADO OU REDUZIDO SUAS ATIVIDADES, OU TAMBÉM QUE TENHAMOS PERDIDO MERCADO POR FALTA DE COMPETITIVIDADE LOGÍSTICA, POIS SE OS PREÇOS ESTÃO MELHORES SIGNIFICA QUE VAMOS EMBARCAR UMA QUANTIDADE SUPERIOR.

EM JAN/JUN DE 2010 NOSSOS EMBARQUES FORAM NA ORDEM 5.314.503 TON ENQUANTO NO MESMO PERÍODO DE 2011 ALCANÇARAM 4.968.055 TON, -6,5%, OS EMBARQUES FÍSICOS SÃO NA VERDADE O QUE GERA RENDA E POSTOS DE TRABALHO PARA A CADEIA LOGÍSTICA E NAS PRÓPRIAS UNIDADES EXPORTADORAS.

EM RELAÇÃO ÀS IMPORTAÇÕES, O CENÁRIO É MAIS PREOCUPANTE PARA NOSSO ESTADO REFLETINDO PERDA DE COMPETITIVIDADE E ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA. VEJAM QUE EM TODA SÉRIE DA TABELA ABAIXO A BAHIA TEVE O MENOR CRESCIMENTO COM MÍSEROS 13,43%, ENQUANTO PERNAMBUCO OBTEVE 66,28%.

COM BASE NOS DADOS, DUAS ANÁLISES PODEM SER TRADUZIDAS, QUEM IMPORTA INSUMOS E BENS DE CAPITAL – MAQUINÁRIOS – É PORQUE ESTÁ CRESCENDO, SE DESENVOLVENDO TECNOLOGICAMENTE, SEGUNDO, QUEM TEM CONDIÇÕES PARA REALIZAR ESSE EVENTO É PORQUE POSSUI BONS PORTOS, BOA LOGÍSTICA E PRESTÍGIO NO GOVERNO DA UNIÃO.


Anexo XIV - Importações brasileiras
Principais estados
Jan./Jun. - 2010/2011
( Valores em US$ 1000 FOB )
Estados
2010
2011
Var.%
Part %
São Paulo
31.113.782
39.636.212
27,39
37,63
Rio de Janeiro
6.938.808
8.928.703
28,68
8,48
Paraná
5.834.146
8.595.816
47,34
8,16
Rio Grande do Sul
6.195.349
7.462.167
20,45
7,08
Santa Catarina
5.257.724
6.841.709
30,13
6,50
Amazonas
4.873.990
6.124.110
25,65
5,81
Minas Gerais
4.413.418
5.756.176
30,42
5,46
Espírito Santo
3.334.233
4.866.239
45,95
4,62
Bahia
3.233.942
3.668.399
13,43
3,48
Goiás
1.925.250
2.533.420
31,59
2,41
Maranhão
1.662.256
2.391.512
43,87
2,27
Pernambuco
1.318.460
2.192.385
66,28
2,08
Demais estados
5.199.888
6.339.996
21,93
6,02
Total
81.301.246
105.336.844
29,56
100,00
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia



A PRÓXIMA INFORMAÇÃO, DEMONSTRA AS VENDAS EXTERNAS DA BAHIA POR SEGMENTOS. CELULOSE E PAPEL ESTÃO NA LIDERANÇA, VARIAÇÃO DE 8,99% E PARTICIPAÇÃO DE 18,55% NA PAUTA, LOGO A SEGUIR PRODUTOS QUÍMICOS E PETROQUÍMICOS -6,4% NA VARIAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE 17,10%, É BOM LEMBRAR QUE ESTE SEGMENTO LIDEROU A PAUTA DE EXPORTAÇÃO DURANTE MUITO TEMPO, SEGUIDO DE AUTOMÓVEIS, HOJE EM 6º LUGAR.


Anexo IX - Exportações baianas
Principais segmentos
Jan./Jun. - 2010/2011
Segmentos
Valores (US$ 1000 FOB)
Var.
Part.
2010
2011
%
%
Papel e celulose
834.893
909.971
8,99
18,55
Químicos e petroquímicos
897.783
839.041
-6,54
17,10
Petróleo e derivados
717.175
902.889
25,90
18,40
Metalúrgicos
276.874
459.608
66,00
9,37
Soja e derivados
370.893
483.174
30,27
9,85
Automotivo
232.760
259.643
11,55
5,29
Metais preciosos
118.618
223.458
88,38
4,55
Cacau e derivados
140.642
144.155
2,50
2,94
Borracha e suas obras
107.554
136.404
26,82
2,78
Café e especiarias
56.636
92.164
62,73
1,88
Couros e peles
55.812
66.690
19,49
1,36
Minerais
14.050
57.502
309,25
1,17
Algodão e seus subprodutos
57.868
45.315
-21,69
0,92
Sisal e derivados
32.287
43.707
35,37
0,89
Calçados e suas partes
45.547
40.277
-11,57
0,82
Máqs., apars. e mat. elétricos
38.000
35.973
-5,33
0,73
Frutas e suas preparações
31.251
34.031
8,89
0,69
Fumo e derivados
8.172
13.629
66,77
0,28
Móveis e semelhantes
6.410
7.239
12,93
0,15
Demais segmentos
100.450
110.913
10,42
2,26
Total
4.143.676
4.905.782
18,39
100,00
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia


A LIÇÃO FILOSÓFICA QUE FICA DESTE TEXTO É QUE AS FRAÇÕES DE VERDADES NÃO SÃO SUFICIENTES PARA DEFINIR O DISCERNIMENTO E SIM, TODA A VERDADE.



JOSEMAR SOUZA SANTOS